postado em 26/08/2013 18:57
Por determinação do ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), o senador Gim Argello (PTB), a esposa, Márcia Cristina Argello, e o filho dele, Jorge Afonso Argello Júnior, deverão ser ouvidos pelo Departamento de Polícia Federal para explicar movimentações financeiras consideradas indícios de lavagem de dinheiro. O pedido de abertura de inquérito partiu do ex-procurador-geral da República, Roberto Gurgel. A defesa do senador contesta as alegações.
Segundo o documento encaminhado por Gurgel ao STF, Jorge Júnior e Márcia Cristina teriam realizado saques, depósitos e outras movimentações financeiras que não seriam condizentes com as respectivas rendas. As conclusões são do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF), órgão ligado ao Ministério da Fazenda.
Ao Correio, o advogado de Gim, Pedro Paulo Medeiros, afirmou que todas as movimentações bancárias do senador e da família são legais e foram declaradas à Receita Federal. Entre as transações suspeitas, o filho de Gim sacou R$ 1 milhão em espécie em maio de 2012, enquanto Márcia solicitou ao seu banco provisionamento de saque no valor de R$ 800 mil, depositados na conta dela por uma empresa de combustíveis.
Após as oitivas, a Polícia Federal deverá encaminhar as conclusões sobre o caso à Procuradoria-Geral da República, que poderá arquivar o caso, solicitar novas diligências ou oferecer denúncia. Em qualquer hipótese, o ministro-relator da matéria no STF deverá estar de acordo com os encaminhamentos da PGR.
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