Flávia Maia
postado em 27/08/2013 06:02
O setor varejista do Distrito Federal está tentando sair do vermelho. Os resultados do primeiro semestre foram fracos até em datas importantes para o comércio, como o dia das Mães e o dos Namorados. Nem mesmo a Copa das Confederações animou as vendas ; menos da metade (41,7%) dos empresários afirmou ter percebido aumento nos lucros, segundo levantamento da Federação do Comércio do DF. Nesse clima de incerteza, os comerciantes eliminaram 6 mil postos de trabalho entre maio e junho, de acordo com a última Pesquisa de Emprego e Desemprego. Para tentar amenizar a crise, as liquidações de inverno foram antecipadas e duraram mais tempo do que o de costume. Mesmo com a nova coleção nas vitrines, o desempenho do setor está lento.
Com resultados aquém do esperado, empresários se organizam como podem para manter o comércio ativo e preservar os empregos. Dessa forma, o comércio está promovendo ações para reduzir o estoque remanescente do primeiro semestre e ter um fim de ano mais lucrativo. Para atrair consumidores, vale-descontos de até 70% e sorteios de prêmios. Uma dessas iniciativas é o Liquida DF pela Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL). A promoção começa amanhã e vai até 6 de setembro. A expectativa do setor é um incremento de 10% a 20% nas vendas em um mês normal, o que deve corresponder a um movimento de R$ 200 milhões em 10 dias. Para os clientes irem às lojas, o Liquida DF sorteará cinco caminhões de prêmios e um carro.
;Com o Liquida DF, a ideia é promover a cada 60 dias um evento grande para incrementar as vendas. Daí, virão o Dia das Crianças e o Natal, duas datas boas para o comércio;, explica Álvaro Silveira Júnior, presidente da CDL-DF. Mais de 9 mil estabelecimentos comerciais do DF e do Entorno vão participar do Liquida. Em outras 15 unidades da Federação, o setor também fará promoções.
As liquidações fora de época vão contar com o incremento no orçamento familiar da primeira parcela do 13;, que começou a ser paga ontem a aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). ;Não pensamos no 13;, foi uma feliz coincidência;, comenta Álvaro. Somente no DF, a primeira parcela vai injetar R$ 158,5 milhões, sem desconto de Imposto de Renda. Em todo o Brasil, serão R$ 12 bilhões.
A matéria completa está disponível aqui, para assinantes. Para assinar, clique aqui.