No Distrito Federal, 46,6% da população tem excesso de peso e 14,3% das pessoas são obesas. É o que aponta a pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), divulgada nesta terça-feira (27/8), pelo Ministério da Saúde. Os dados mostram que o DF tem 4; menor índice de obesidade e sobrepeso, dentre as unidades da federação.
A pesquisa anterior, de 2006, mostra que excesso de peso e obesidade no DF aumentaram 5,2% e 3,6%, respectivamente. O aumento ocorre tanto em homens quanto mulheres. O percentual de homens obesos subiu de 10,5% para 13,5% e com excesso de peso de 48,3% para 49,3%. Entre as mulheres, os índices de obesidade aumentaram de 10,8% para 14,9% e de excesso de peso de 34,7% para 44,2%.
Segundo a pesquisa, os números no DF acompanham a tendência nacional, mostrando que o excesso de peso e a obesidade aumentaram no Brasil nos últimos sete anos. Em 2006, 43,2% estavam acima do peso ideal e 11,4% eram obesos no Brasil. Atualmente, o percentual subiu para 51% e 17,4%, respectivamente. É a primeira vez que mais da metade da população brasileira está acima do peso.
De acordo com a pesquisa, cerca de 28,3% da população ingerem a alimentação diária recomendada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), de cinco ou mais porções ao dia. Outro indicador que preocupa é o consumo excessivo de gordura saturada: 32,3% da população da cidade não dispensam a carne gordurosa e 52% consomem leite integral regularmente. Os refrigerantes também têm consumidores fieis ; 22,2% dos brasilienses tomam esse tipo de bebida ao menos cinco vezes por semana. A pesquisa revela também que 38,7% da população da capital nacional pratica atividade física no tempo livre ou no lazer.
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, afirmou que os dados servem de alerta para que toda a sociedade se articule para controlar o aumento da obesidade e do sobrepeso no país. "Os dados reforçam que a hora é agora. Se não tomarmos as medidas necessárias corremos o risco de chegar a patamares de obesidade como os do Chile e dos Estados Unidos. Por isso temos que agir fortemente", disse.
Foram entrevistados para a pesquisa cerca de 45.448 mil adultos em todas as capitais e no Distrito Federal, entre julho de 2012 a fevereiro de 2013.