Cidades

Jovens da Estrutural conseguem vagas em escola de dança na Alemanha

Admitidos por teste em escola superior de dança na Alemanha, país onde moram desde 2011, dois jovens de cidades carentes do DF precisam de ajuda para as passagens aéreas. Na Europa, seguirão carreira no balé clássico

postado em 29/08/2013 06:40

Glauber (E) e Matheus, em foto de 2009, nas ruas de terra da Estrutural: início aos 9 e aos 7 anos
Aos 13 anos, eles saíram de comunidades carentes do Distrito Federal e embarcaram rumo à Alemanha. O passaporte estava na ponta dos pés: o balé clássico. Hoje, aos 16, eles residem na capital do país europeu e não fazem planos de regressar ao Brasil. Além disso, acreditam ter talento de sobra para continuar em solo estrangeiro. Este ano, Glauber Lucas Mendes Silva e Matheus Vaz conseguiram passar em uma prova para trilhar o ensino superior alemão em dança. Mas a falta de patrocínio deixa incerta, inclusive, a volta para Berlim. De férias em Brasília, eles buscam, a princípio, ajuda para arcar com as passagens, que custam aproximadamente R$ 5 mil cada uma (veja Solidariedade).

As portas para uma nova vida se abriram para os dois garotos do DF quando eles ainda eram crianças. Foi a partir do projeto da Associação Cultural Educar Dançando que eles viram a oportunidade de realizar o sonho de fazer da dança uma profissão ficar mais próxima. ;Com as aulas, notaram que éramos diferentes e poderíamos ter grandes chances lá fora;, destacou Matheus, que faz treinos desde os 7 anos. ;Em 2009, fomos para Berlim pela primeira vez. Foi um período de adaptação. Ficamos três meses com uma monitora do projeto e, em 2011, voltamos em definitivo;, completou o amigo Glauber, que descobriu o programa aos 9 anos.

Ao longo dos oito anos de história do projeto (veja Para saber mais), os dois meninos foram os primeiros e, até hoje, os únicos estudantes a fazerem tal intercâmbio por meio da dança. ;Mesmo assim, queremos abrir as portas para outros talentos;, adiantou a coordenadora da iniciativa, a professora Maria Mazzarello. Atualmente, o Educar Dançando reúne 70 alunos. Todos eles são moradores de áreas de vulnerabilidade do Distrito Federal, como é o caso da Estrutural, cidade de Matheus; e de Samambaia, cidade de Glauber. ;A nossa proposta é socioeducativa e cultural. Além de promover a inclusão, buscamos resgatar a autoestima das crianças assistidas. Ao mesmo tempo, primamos por uma educação diferenciada;, emendou.

Solidariedade

Os interessados em ajudar Glauber e Matheus a voltar para continuar os estudos na Europa podem entrar em contato com a professora Maria Mazzarello pelos telefones: (61) 9988-8400 e 9994-4504.

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