Breno Fortes
postado em 04/09/2013 11:51
A morte de um policial civil chocou ontem frequentadores da academia Unique, no Setor de Indústrias Gráficas. O agente Fernando César Santos de Souza, 58 anos, . Segundo relato de testemunhas, ele estava na frente da mulher com quem passou 20 anos. Policiais civis contam que o casal estava em processo de separação.Fernando entrou na sala de musculação às 18h18. Era cliente do local havia quatro anos. Às 18h25, disparou. O corpo ficou exposto até a chegada do auxílio policial, cerca de 10 minutos depois. Um dos clientes disse que crianças faziam uma aula de circo em espaço ao lado de onde ocorreu a tragédia. Houve correria e muitos gritos. Alguns curiosos tentaram entrar para entender o que havia acontecido.
Apesar do susto, os empregados da Unique conseguiram esvaziar a academia até a chegada das polícias Civil e Militar. Uma ambulância particular, um carro do Corpo de Bombeiros e o Serviço Móvel de Atendimento de Urgência (Samu) também foram chamados, mas Fernando morreu no local. A academia foi fechada para a entrada dos peritos responsáveis pela elaboração de laudo sobre a cena do crime.
Pouco depois das 19h30, as luzes externas da academia foram apagadas. O diretor-geral da Polícia Civil, Jorge Xavier, passou pelo local. Irmão do delegado Fábio Santos de Souza, Fernando estava na carreira havia mais de 20 anos. O crime abalou também a comunidade policial. A morte do agente foi comunicada entre os colegas e, pouco depois do ocorrido, muitos já haviam tomado conhecimento.
A assessoria da Unique afirmou que os empregados da academia conseguiram levar a maioria dos alunos-mirins para uma sala, retirando-os sem que tivessem acesso à cena. Testemunhas contaram, no entanto, que algumas crianças presenciaram toda a movimentação e aguardaram a chegada dos pais do lado de fora da academia, assustadas com o que tinham visto.
O corpo permaneceu no local até depois das 21h. Muitos policiais civis apareceram no local para prestar solidariedade. Fernando não atuava nas ruas. Estava cedido à Secretaria de Segurança Pública do DF para trabalhos na área administrativa. Mas o irmão dele é bastante conhecido entre os integrantes da carreira.
Um aluno da academia, que preferiu não se identificar, contou que chegava ao local no momento em que tudo acontecia. Ele ainda estava na recepção quando ouviu o disparo da arma. ;As pessoas começaram a correr, tinha muita criança desesperada. Só relacionei o barulho a um tiro por causa do pânico;, lembra. O jovem ainda viu o corpo, mas acabou seguindo com os colegas em direção à saída. Relatos do crime se espalharam ontem nas redes sociais, inclusive com a divulgação de imagens da vítima.
Colaborou Mara Puljiz