Eles concluíram que não existem evidências fortes o suficiente para acreditarem em uma divindade, um sistema religioso ou mesmo em vida após a morte. Decidiram aparecer, assumir as convicções e exigir respeito pelas escolhas e liberdade para as próprias opiniões. E têm a falta de fé como sinônimo de liberdade. A moral, para pessoas como o estudante de direito Pedro Alcântara, 22 anos, e Glorinha Silva, 56, uma das fundadoras da Associação Ateísta do Planalto Central, nasce da empatia pelo próximo, das consequências dos próprios atos e das leis do homem. Eles são ateus.
Estudo da Companhia de Planejamento do Distrito Federal (Codeplan), feito em 10 regiões administrativas, indicou que o número de pessoas que se declaram sem religião (ateias ou não) subiu de 3,8%, em 2011, para 6,9%, nos primeiros seis meses de 2013. A população nessas localidades cresceu de 882.072 habitantes para 943.737 nos últimos dois anos. No mesmo levantamento, o órgão informa que, de 2000 a 2010, o número de pessoas sem religião aumentou de 14,5 milhões (7,4% da população) para 16,9 milhões (8,6%) nacionalmente. No DF, passou de 200 mil (8%) para 230 mil (9,2%). Na visão do biólogo evolucionista Richard Dawkins, militante ateu internacional, a quantidade de descrentes parece menor porque as pessoas têm medo de se assumir.
A matéria completa está disponível para assinantes. Para assinar, clique