Cidades

Entidades repudiam ação da polícia contra jornalistas em protesto de sábado

Profissionais do Correio e de outros veículos que cobriam as manifestações foram atingidos por bombas de efeito moral e de gás lacrimogêneo, além spray de pimenta e balas de borracha

postado em 09/09/2013 11:28
Três fotógrafos e um repórter do Correio foram agredidos enquanto faziam a cobertura das manifestações, entre eles Monique Renne (D)
O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Distrito Federal, a Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert) e a Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) repudiaram a . Jornalistas do Correio e de outros veículos que cobriam os protestos se tornaram alvo da ação do Batalhão de Policiamento de Choque (BPChoque) e do Batalhão de Policiamento com Cães (BPCães). Os profissionais da imprensa, que portavam crachás de identificação, foram atingidos por bombas de efeito moral e de gás lacrimogêneo, além spray de pimenta e balas de borracha.

Em nota à imprensa, o sindicato "exige que seja realizada uma sindicância rigorosa sobre os episódios relatados pelos profissionais. É essencial que os responsáveis diretos pelas agressões sejam punidos, bem como os superiores que autorizaram a ação contra a imprensa e a população em geral".

Breno Fortes (E) foi empurrado quando tentava ajudar colega; Arthur Paganini também foi empurrado e atingido por spray
[SAIBAMAIS]"O GDF deve alterar com urgência a política de segurança pública", ressalta. O sindicato também informou que aguarda posicionamento da Câmara Legislativa do DF (CLDF) e Ministério Público por zelar pelos direitos humanos. "Solicitamos à CLDF a abertura imediata de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar os abusos cometidos", completa a nota.



Segundo a Abert, cinco repórteres foram hostilizados e agredidos quando cobriam as manifestações em Brasília, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Manaus. "É inaceitável que se imponham limites à atividade jornalística pelo grave prejuízo que causam à sociedade, por ter violado o direito fundamental de acesso à informação", classificou.

Carlos Vieira (E) precisou de ajuda para se recuperar; André Coelho, de O Globo, foi atingido por bala de borracha

De acordo com a Fenaj, apesar de ter havido relatos de ameaças feitas por manifestantes à jornalistas, os maiores problemas foram causados pela polícia. ;Verificamos que há despreparo total da polícia na contenção desses movimentos. As academias de polícia precisam reformar seus currículos. Não se pode tratar manifestantes pacíficos e profissionais em trabalho como se fossem bandidos;, disse o diretor de Relações Institucionais da Fenaj, José Carlos Torves. ;Estamos apurando a abrangência e a gravidade desses casos para nos manifestarmos posteriormente e tomarmos as medidas necessárias junto às secretarias de Segurança dos estados, à Secretaria Nacional de Direitos Humanos e ao Ministério Público;, explicou o dirigente.

Com informações da Agência Brasil

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