postado em 10/09/2013 06:47
Sem recorrer a clichês, Isolina Inocêncio da Cruz, 85 anos, e Severiano Vieira da Cruz, 94, passam a limpo sete décadas de convivência, dificuldades e conquistas. Hoje, os pioneiros completam 70 anos de casados. Na festa de bodas de vinho, prevista para as 20h, estarão reunidos os nove filhos, os 19 netos e os 11 bisnetos, além dos genros, das noras e dos amigos, para um culto de gratidão e um jantar.
Ao voltar no tempo, a dupla parece desconhecer o sentimento de amor à primeira vista e o significado de alma gêmea. No início dos anos 1940, não havia o discurso romântico dos livros, das novelas ou dos contos de fadas. ;Conheço o Severiano desde que me entendo por gente. A vila era pequena e todo mundo se conhecia. Eu tinha 15 anos, sem estudo e estava velha, precisava casar;, esclarece a matriarca. A avó de Isolina e os pais de Severiano encarregaram-se da união.
Em 10 de setembro de 1943, depois de 10 meses de namoro, a família fez a cerimônia. Não precisa nem dizer que namorar, naquela época, era bem diferente. ;Um de lá e outro de cá, só pegando na mão;, relembra. A dona de casa não esquece a beleza do vestido de noiva, feito de seda e florzinhas brilhantes, e alguns detalhes dos preparativos. Durante seis meses, a mãe guardou ovos de galinha em potes de areia, que mantinham a temperatura baixa, com o objetivo de cozinhar os quitutes da festa.
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