A conduta do capitão Bruno Rocha será investigada pelo Ministério Público do Distrito Federal e Territórios. Integrante do Batalhão de Choque da PM, ele aparece em um vídeo dizendo que jogou spray de pimenta em manifestantes durante os protestos do Sete de Setembro ;porque quis;.
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[SAIBAMAIS]A Corregedoria da PM vai investigar as denúncias de quatro policiais filmados espancando dois manifestantes e colheu ontem o depoimento do capitão Bruno. O titular da 1; Promotoria de Justiça Militar, Nísio Tostes, considerou a atitude do oficial inaceitável. ;Por mais estressante que seja a atuação policial, ele (o policial) não pode chegar àquele ponto. Não é pago para isso. Estamos fazendo a corregedoria ir até ele;, afirmou o promotor de Justiça.
Inquérito
O promotor fez referência ao momento em que, após reconhecer o uso fútil do spray, o capitão Bruno disse: ;Pode ir lá (à Corregedoria da PMDF) denunciar;. Um Inquérito Policial Militar (IPM) foi instaurado ontem para apuração de suposto abuso de autoridade, transgressão disciplinar e crime militar.
Quanto à atuação das forças de segurança em relação à imprensa ; pelo menos cinco repórteres do Correio sofreram agressões, entre outros jornalistas ;, o promotor disse que há necessidade de um protocolo para a cobertura sem riscos aos profissionais.
;Teremos de avaliar caso por caso e ver se era possível identificar que se tratava de jornalistas;, afirmou. Os profissionais do jornal estavam identificados ou portando câmera fotográfica. Tostes defendeu um estreitamento das relações entre os veículos de mídia e a Secretaria de Segurança Pública para impedir casos futuros de violência envolvendo repórteres e fotógrafos. Os episódios ocorreram quando o grupo de manifestantes subia da Rodoviária do Plano Piloto em direção ao Estádio Nacional.