Flávia Maia
postado em 15/09/2013 08:00
Ainda é noite quando o movimento de pessoas, caminhões e carros começa na Central de Abastecimento do Distrito Federal (Ceasa-DF). Embora a administração permita que as luzes sejam acesas apenas às 5h no Pavilhão 8, conhecido como Pedra, o trabalho de montagem da feira pelos produtores começa quando há somente a iluminação pública à disposição. No momento em que os primeiros raios de sol começam a surgir, a feira está pronta, com todos os seus personagens: compradores, agricultores, atacadistas, carregadores e curiosos. São 8,6 mil metros quadrados apenas para a exposição de frutas, verduras e legumes, vindos de 19 estados e do Distrito Federal para um público diário de 10 mil pessoas. No fim de cada mês, as feiras e as lojas garantem receita de R$ 90 milhões.
A produtora Maria de Fátima Costa e Silva, 45 anos, é uma dessas que madruga na Ceasa para garantir a venda dos morangos que produz em sua propriedade de cinco hectares, localizada no Núcleo Rural Alexandre Gusmão, em Brazlândia. O local onde está o sítio é um dos principais fornecedores da Ceasa no DF: 10,94% de tudo o que é comercializado vem dessa região. Com Bom Jesus da Lapa (BA) e Cristalina (GO), é responsável pela procedência de 30% do que é comercializado na Ceasa mensalmente.
Às 3h40, Maria de Fátima já está com a VW Saveiro estacionada próximo ao box que lhe é de direito, ajeitando os morangos de forma que os compradores se interessem pela mercadoria. A estratégia de madrugar dá certo. Às 7h, os frutos já estavam esgotados. Como a terra é generosa e a feira de quinta-feira acaba apenas ao meio-dia, ela ainda comercializa tamarindos e jurubeba.
A matéria completa está disponível , para assinantes. Para assinar, clique