Jornal Correio Braziliense

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Pista de aviação ameaça unidade ecológica Burle Marx, no Noroeste

Faixa de 800 metros de comprimento começa a ser construída pela Associação de Pilotos de Ultraleve de Brasília em parte do terreno destinado à unidade ecológica. Apesar de autorizada pelo Ibram, obra preocupa moradores do Setor Noroeste, ambientalistas e o Iphan



Ciclovia, pistas de caminhada, espelhos d;água, árvores nativas, tudo isso em uma das regiões mais centrais e valorizadas da capital. O Parque Burle Marx, entre o Setor Noroeste e a Asa Norte, é um projeto aguardado pelos brasilienses, especialmente os moradores do Plano Piloto. Mas, na futura área destinada à unidade ecológica, ainda não há sinal de início das obras para a implantação dela. No local, desde agosto, caminhões e tratores se revezam fazendo a terraplenagem da área. Os trabalhos, entretanto, não se referem à construção da infraestrutura do Burle Marx, mas erguem, no meio do cerrado, uma pista de 800 metros de comprimento para pousos e decolagens de aeronaves.

A empreitada é um projeto da Associação de Pilotos de Ultraleve de Brasília (Apub), que, há 17 anos, funciona em uma área pública cedida dentro dos limites do parque. A entidade já conta com uma faixa de 600 metros, mas pediu autorização do Instituto Brasília Ambiental para construir outra, perpendicular à antiga. O Ibram considerou que a intervenção estava de acordo com o plano de manejo do Burle Marx e deu permissão à obra, orçada em cerca de R$ 1,2 milhão.

Mas moradores do Setor Noroeste, ambientalistas e técnicos que participaram da elaboração do projeto inicial da área ecológica afirmam que a construção da pista jamais foi prevista para o local. Eles temem que ela inviabilize o projeto do parque ou obrigue a mudanças radicais na concepção dele. Segundo o projeto, o novo ponto de pousos e decolagens de ultraleves termina a menos de 200 metros da pista de caminhada.

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