Adriana Bernardes
postado em 17/09/2013 06:03
A tolerância zero para o motorista alcoolizado completa nove meses em quatro dias. O endurecimento das regras, com multa que chega a R$ 1,9 mil, mexe com a rotina do cidadão e afeta a economia do Distrito Federal. Demissões em alguns setores, lucro em outros e mudança de hábito para muitos. O setor de bares e restaurantes fala em queda do faturamento de até 40% e pede a desoneração da folha. Os taxistas comemoram o crescimento de 15% a 40% na quantidade de corridas. E o Departamento de Trânsito, pela primeira vez na história, registra redução sistemática das fatalidades nas vias.Em um dos bares mais tradicionais da cidade, o Libanus, na 206 Sul, o impacto provocado pela última mudança na legislação, em vigor desde 20 de dezembro passado, foi grande. O movimento caiu 40%. Para reverter o cenário, a gerência investiu em alternativas para atrair o cliente. Comprou dois carros, contratou motoristas e instituiu o Carro da Vez do Libanus (CVL). ;O cliente bebe à vontade, agenda um horário e o levamos para casa sem qualquer custo. Com isso, recuperamos um pouco a clientela. Mas tivemos que demitir alguns funcionários;, afirma a gerente, Hévila Marinho.
O caso do Libanus não é exceção. Entidades ligadas ao setor apontam perda entre 15% e 40% do consumo desde o início da lei seca. A perda de cada estabelecimento é relativa, ligada, principalmente, ao tipo de serviço e produto comercializados. Os mais prejudicados, segundo o vice-presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes, Rodrigo Freire, são os que trabalham diretamente com bebidas. ;Hoje, temos uma mudança significativa no consumo. Uma redução grande. Todo mundo sentiu isso;, explica.
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