postado em 17/09/2013 15:23
O Ministério Público Federal em Goiás (MPF) e a Comissão Nacional da Verdade (CNV) ouviram na manhã desta terça-feira (17/9) o depoimento do médico cardiologista Vicente Guerra que poderia saber o local de sepultamento dos corpos dos militantes do Movimento de Libertação Popular (Molipo). Vicente integrou o corpo médico da Polícia Militar de Goiás entre 1970 e 1996.
Os estudantes Maria Augusta Thomaz e Márcio Beck foram assassinados numa operação militar em 17 de maio de 1973 e enterrados em uma cova clandestina no interior de uma fazenda no município de Rio Verde, no sudeste de Goiás. O Molipo foi uma organização revolucionária guerrilheira formada por estudantes universitários de São Paulo. O movimento lutava contra a ditadura militar instalada no país.
De acordo com a comissão, os corpos foram enterrados no mesmo dia que ocorreu o assassinato. Em 1980, familiares de Maria Augusta e jornalistas promoveram investigações para localizar os corpos em Rio Verde. Naquela mesma época, ocorreu a operação limpeza, os restos mortais das vítimas foram desenterrados e levados para um local desconhecido por uma equipe federal. Na fazenda, foram encontrados alguns dentes e pequenos fragmentos de ossos.
Vicente tem o nome mencionado no documento do Serviço Nacional de Informações (SNI) como uma das pessoas que sabiam do local de sepultamento. O médico nega ter participado do enterro (1973) e da operação limpeza (1980).
Em depoimento, o médico afirmou que foi levado à fazenda para analisar a cena do crime pela manhã, cerca de seis horas após o crime. Segundo ele, militares à paisana, provavelmente do Exército, comandaram o trabalho pericial e exigiram rapidez do médico. Ele afirma ter sido intimado a ir ao local ver os corpos, acompanhado de um fotógrafo da cidade, cujo nome não se recorda, e elaborar um laudo.
Na segunda-feira (16/9), o caseiro Eurípedes João da Silva, de 62 anos, que participou do enterro em 1973, prestou depoimento. Margarida Alair Cabral Faria e Pedro Bonifácio de Faria, filha e genro do dono da propriedade, também foram ouvidos.
De acordo com os depoimentos, o caseiro, o dono da fazenda e mais duas pessoas foram obrigados pelo coronel da PM Epaminondas Nascimento, que exercia a função de delegado em Rio Verde, a enterrar os corpos de Maria Augusta e Beck.
Os estudantes Maria Augusta Thomaz e Márcio Beck foram assassinados numa operação militar em 17 de maio de 1973 e enterrados em uma cova clandestina no interior de uma fazenda no município de Rio Verde, no sudeste de Goiás. O Molipo foi uma organização revolucionária guerrilheira formada por estudantes universitários de São Paulo. O movimento lutava contra a ditadura militar instalada no país.
De acordo com a comissão, os corpos foram enterrados no mesmo dia que ocorreu o assassinato. Em 1980, familiares de Maria Augusta e jornalistas promoveram investigações para localizar os corpos em Rio Verde. Naquela mesma época, ocorreu a operação limpeza, os restos mortais das vítimas foram desenterrados e levados para um local desconhecido por uma equipe federal. Na fazenda, foram encontrados alguns dentes e pequenos fragmentos de ossos.
Vicente tem o nome mencionado no documento do Serviço Nacional de Informações (SNI) como uma das pessoas que sabiam do local de sepultamento. O médico nega ter participado do enterro (1973) e da operação limpeza (1980).
Em depoimento, o médico afirmou que foi levado à fazenda para analisar a cena do crime pela manhã, cerca de seis horas após o crime. Segundo ele, militares à paisana, provavelmente do Exército, comandaram o trabalho pericial e exigiram rapidez do médico. Ele afirma ter sido intimado a ir ao local ver os corpos, acompanhado de um fotógrafo da cidade, cujo nome não se recorda, e elaborar um laudo.
Na segunda-feira (16/9), o caseiro Eurípedes João da Silva, de 62 anos, que participou do enterro em 1973, prestou depoimento. Margarida Alair Cabral Faria e Pedro Bonifácio de Faria, filha e genro do dono da propriedade, também foram ouvidos.
De acordo com os depoimentos, o caseiro, o dono da fazenda e mais duas pessoas foram obrigados pelo coronel da PM Epaminondas Nascimento, que exercia a função de delegado em Rio Verde, a enterrar os corpos de Maria Augusta e Beck.