postado em 21/09/2013 06:04
O encontro de dois amigos dos tempos de faculdade, hoje professores da Universidade de Brasília (UnB), acabou gerando uma extensa pesquisa da história da instituição. Marcelo Mari, 43 anos, dá aula de artes plásticas e ingressou no corpo docente em março de 2013. O amigo, Alex Calheiros, 38 anos, é professor de filosofia. A dupla, interessada em mobiliário, aproveitou um edital de documentação dos 50 anos da UnB (veja Para saber mais) para catalogar e tentar um projeto de restauração dos móveis da universidade do tempo da fundação, na década de 1960.
Logo no começo da pesquisa, cujo título é ;Insígnias do mobiliário moderno da UnB;, os dois perceberam que esse seria um trabalho de formiguinha. Não existe documentação na Biblioteca Central do Estudante, tampouco em revistas acadêmicas de arquitetura. Com uma equipe de três alunos da graduação, um mestrando e o auxílio de dois professores ; Cláudio Queiroz, da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo; e Priscila Rufimoni, da filosofia ;, eles conseguiram remontar a história desses móveis. ;O mobiliário só começou a ser catalogado em 1971 e, com o Golpe Militar, tivemos muitas peças perdidas, roubadas e até mesmo retiradas por questões ideológicas do governo e do reitor que o apoiava;, aponta Calheiros.
O grupo começou a procurar e fotografar móveis antigos pela universidade. Encontraram modelos similares: cadeiras com assento e encosto de couro, simples, como se fossem peças de uma sala de jantar. Outras, com estética similar, são mais baixas, com ares de poltrona. Entre modelos, algumas adaptações: o encosto original de couro fora substituído por um de madeira, ou o assento trançado, diferente das versões tradicionais de couro inteiro.
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