postado em 24/09/2013 06:04
A impressão que se tem é que ele é onipresente. Quando menos se espera, lá surge o homem vestido com colete chamativo, enfeitado com dezenas de vidrinhos de molho de pimenta ; uma espécie de vitrine da mais nova empreitada. Na mão, o vendedor com alcunha de rei do Antigo Egito carrega e distribui o cardápio para os clientes do bar que, curiosos, demoram um bocado para decidir o que levar. Faraó é o apelido dele. E suas pimentinhas consagraram-se entre os frequentadores da noite brasiliense e são, inclusive, entregues em domicílio. Elas são orgânicas e rendem entre 400 e 500 embalagens a cada cultivo, feito pela família na chácara em Formosa (GO).
Da horta, as plantinhas transformam-se. E os vidros de pimenta desdobram-se em 15 opções para os mais diversos paladares. Entre eles, pimenta-malagueta com alho, chocolate e até pequi. Tem ainda mais fortes, como a malagueta selvagem, a scorpion-australiana e a habanero-mexicana, e até uma premiada em Goiânia: a malagueta com maracujá, que, segundo o inventor, ;esquenta e acalma;. E há novidade na área: a próxima aposta será a indiana bhut jolokia.
Para oferecer o produto, o comerciante aprendeu a plantar as vermelhinhas. ;Escolhi orgânica porque é mais respeitada. As pessoas procuram os orgânicos;, explica. Além de vender produtos sem agrotóxico, Faraó tomou outras atitudes em favor da natureza. Ele trocou o carro pela bicicleta elétrica, por exemplo. ;Não fico mais soltando gás carbônico no ar, poluindo o meio ambiente. E o cardápio que eu deixava na mesa, não deixo mais. Agora, plastifiquei e recolho;, aponta Faraó, que prefere não falar o nome nem a idade. ;Já passei dos 50; é o mais próximo que ele revela.
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