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O diretor do Transporte Urbano do Distrito Federal (DFTrans), Marcos Antônio Campanella, confirmou nesta quarta-feira (2/10) um atraso no pagamento do subsídio fornecido às empresas do transporte rodoviário do DF. A demora no repasse, segundo a cooperativa Alternativa, causou o atraso no pagamento de motoristas e cobradores que cruzaram os braços nesta manhã, em Brazlândia. Campanella, por outro lado, disse que a justificativa é insuficiente, pois "outras empresas tiveram atrasos para receber o benefício, mas os colaboradores não fizeram paralisações".
De acordo com o Sindicato dos Rodoviários do Distrito Federal, apenas uma parte dos trabalhadores recebeu o pagamento de julho e o salário de agosto - que venceu em 10 de setembro - ainda não entrou na conta dos funcionários. Contudo, o diretor administrativo da Alternativa, Marcos Vinicius Lobo Queiroz, disse que o pagamento atrasou apenas no mês de agosto. Segundo o diretor, o pagamento ainda não foi feito, pois a cooperativa depende do subsídio, de R$ 150 mil, fornecido mensalmente pelo DFTrans.
O diretor da autarquia explica que benefício não foi repassado porque os recursos esgotaram em agosto desse ano e o órgão havia solicitado à Câmara Legislativa uma complementação - porém a liberação da verba demorou mais do que o previsto pelo DFTrans. De acordo com Campanella, a administração da verba do subsídio, que antes era feita pela Secretaria de Transporte por meio do Fundo Transporte, foi transferida para o DFTrans. Os trâmites burocráticos da transferência também contribuíram para o atraso, segundo Campanella.
Segundo Campanella, o subsídio citado pela cooperativa é fornecido, por lei, a todas as empresas de ônibus do DF, de acordo com o número de estudantes e pessoas com deficiência e acompanhantes transportados mensalmente pela companhia - o valor varia a cada mês. Ele espera que até sexta-feira consiga entregar às empresas os subsídios atrasados. Hoje, ele disse que o órgão conseguiu repassar a parte da verba que estava mais atrasada e espera, assim, que a Alternativa consiga quitar parte do pagamento dos motoristas e cobradores da cooperativa.
Rescisão de contratos
De acordo com Campanella, os funcionários das empresas que não têm recursos para pagar a rescisão dos contratos não serão prejudicados pois há um acordo entre o DFTrans e o Ministério Público do Trabalho que será a base legal para arcar com esse custo. Ao pagar as rescisões, o governo ficará como credor junto a essas empresas.
Outros problemas
Na manhã de hoje, , próximo ao Incra 8, em Brazlândia, para reivindicar melhorias no transporte público da cidade. Os manifestantes começaram a ação depois que o ônibus em que estavam, sentido Taguatinga, quebrou. De acordo com a Companhia de Policiamento Rodoviário (CPRv), o grupo depredou o coletivo e impediu que um outro ônibus, que foi ao local para substituir o veículo danificado, seguisse viagem.
Nova frota
Campanella confirmou que até o final do ano o Governo do Distrito Federal (GDF) estará com toda a frota de ônibus renovada. Cerca de 15% do total da frota prevista já está em circulação. Ainda nesta semana Itapoã, Ceilândia e Estrutural estarão com a frota toda renovada.
Em Brazlândia, os motoristas da Viplan e Planeta precisam deixar as empresas para serem contratados pela São José, que é a companhia que assumirá a região com a nova frota.