postado em 11/10/2013 18:24
A Polícia Civil de Goiás permanece em greve há 24 dias, o que prejudica as investigações do Estado, como o caso dos (GO). O crime ocorreu na noite dessa quarta-feira (9/10) e é visto como prioridade para ser investigado, assim que a paralisação terminar.Por volta das 19h30 dessa quarta-feira, o pai de Gabriel da Silva Souza foi obrigado a reduzir a velocidade do carro quando transitava por Luziânia para não passar por cima de um sofá colocado por bandidos no meio da pista. Ao perceber a movimentação dos suspeitos, o homem tentou fugir da emboscada, mas um dos assaltantes atirou duas vezes contra o automóvel. Uma das balas acertou a nuca da criança.
Durante a greve nas delegacias do Entorno, apenas ocorrências de flagrantes e crimes hediondos, homicídio e latrocínio, estão sendo registrados. A categoria acredita que, com a retomada das negociações com o governo de Marconi Perillo, uma contraproposta sobre o reajuste salarial seja enviada ao sindicato. Segundo os grevistas, caso as reivindicações sejam aceitas, paralisação pode ter fim na próxima terça-feira (15/10).
Mesmo atingindo em cheio a população, que sofre sem atendimento, o presidente do Sindicato dos Policiais Civis de Goiás, Silveira Alves de Sousa, diz lamentar que as investigações de muitos casos estejam parados. "Cerca de 70 mil inquéritos e 40 mil mandatos de prisão estão parados porque o governo não melhora a estrutura de condições de trabalho", explica, defendendo o direito da greve. "É lamentável, mas não há alternativas. É um direito constitucional e servirá para que os nossas reivindicações sejam atendidas", conclui.