Uma força-tarefa foi montada para descobrir a origem da mancha de óleo que apareceu no Lago Paranoá. Oficialmente, a Secretaria de Comunicação informou que ainda não há uma conclusão sobre a causa do acidente e que aguarda análises laboratoriais que estão sendo realizadas pela Companhia de Saneamento Ambiental do DF (Caesb) para um pronunciamento. O laudo deve ficar pronto hoje. Duas pastas do GDF, porém, já se pronunciaram de forma divergente sobre o assunto.
O presidente da Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap), Nilson Martorelli, afirmou não haver dúvidas de que a origem do problema é o vazamento de uma caldeira do Hospital Regional da Asa Norte (Hran), como ocorreu no ano passado (leia Memória). A Novacap usou uma espécie de robô para identificar de onde partiu o vazamento. O equipamento percorreu a tubulação e seguiu o caminho do derramamento de óleo. ;Acompanhando o fluxo, chegamos até o Hran;, explicou Martonelli. O secretário de Saúde, Rafael Barbosa, no entanto, afirmou que obras de pavimentação asfática podem ter contribuído para o acidente. ;Pela extensão do dano, não acredito que seja apenas vazamento do Hran;, observou.
A substância começou a sair da galeria de águas pluviais no Setor de Clubes Norte na última quarta-feira e até a tarde de ontem caía no espelho d;água. Chegou até próximo à Concha Acústica, mas os bombeiros conseguiram conter o avanço com boias e um material próprio para absorver petróleo.
Amostras do produto foram colhidas por servidores da Caesb para análise em laboratório. A galeria onde ocorreu o vazamento começa atrás do Palácio do Buriti e carrega a água da chuva de boa parte do Plano Piloto. Também há outros 168 pontos que desembocam no Paranoá. Para o ambientalista Ricardo Montalvão, a chuva é um dos agravantes neste caso. ;Além da poluição pelas galerias pluviais, a rede da Asa Sul, por exemplo, trata 1,5 litro de esgoto por segundo. Com as chuvas, chegam 4,5 litros por segundo. O dobro passa sem tratamento;, ponderou o especialista.
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