As ações emergenciais tomadas na última sexta-feira (18/10) para conter o avanço da mancha de óleo no Lago Paranoá foram mais eficientes do que o esperado. Três aeronaves, de diferentes corporações, sobrevoaram toda a extensão do espelho d;água, ontem, e não encontraram nenhum novo vestígio do vazamento, considerado o maior do Distrito Federal. O óleo que se espalhou até a Concha Acústica foi arrastado para fora da água e sobraram apenas resquícios do combustível próximo ao Iate Clube que estão protegidos por boias de contenção. A preocupação agora é com o fundo do espelho d;água. Em uma vistoria feita na manhã de sábado (19/10), mergulhadores do Corpo de Bombeiros encontraram óleo a dois metros de profundidade.
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Os militares que fazem parte do grupo criado para descontaminar o Paranoá vão fazer um mapeamento com GPS para saber exatamente o tamanho da área atingida embaixo d;água. Ontem, os mergulhadores encontraram óleo apenas na costa do Iate Clube, onde o material trazido pela galeria de águas pluviais começou a vazar. O produto na superfície está protegido por boias, mas o receio dos Bombeiros é de que a substância submersa acabe passando pela barreira.
Uma empresa especializada em desastres químicos, contratada pela Petrobras, utilizará um produto americano que faz a sucção do óleo que afundou. O material deve ser aplicado amanhã. Antes disso, porém, as boias de contenção serão redimensionadas. ;O óleo do fundo do lago vai sendo liberado aos poucos para a superfície. Para não correr o risco de ele passar pelas boias, vamos chegar a barreira de contenção para trás (mais distante da margem);, explicou o capitão dos Bombeiros Rodrigo Rasia, chefe de Operações do grupo.
Rasia não soube estimar em quanto tempo o lago estará limpo novamente. Na sexta-feira, a previsão era de que o trabalho durasse uma semana, mas o prazo pode ser reduzido, graças às medidas tomadas até agora. ;Todo o esforço feito para reduzir o desastre e impedir novos pontos de contaminação foi um sucesso, mas é difícil falar em tempo porque dependemos muito das condições climáticas;, afirmou. O vento, por exemplo, pode impedir a contenção e espalhar a mancha. Já a chuva pode ser positiva e negativa ao mesmo tempo. ;Ela é muito boa para limpar a rede de águas pluviais e também pode ajudar a difundir o óleo pela superfície da água. Mas é muito ruim para a barreira, pois pode rompê-la;, exemplificou.
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