Cidades

Muitos estabelecimentos de varejo do DF vendem cigarros contrabandeados

Quase metade dos estabelecimentos vende o produto trazido ilegalmente do Paraguai. Consumidor é atraído pelo preço baixo do maço, que, sem controle de qualidade, aumenta os riscos para os fumantes

postado em 22/10/2013 06:03

Em 2013, a polícia do DF apreendeu mais de 240 mil maços irregulares

Por trás do balcão de mercados, padarias e bares das cidades mais afastadas do Plano Piloto, esconde-se um mercado ilícito e crescente no Distrito Federal: o do contrabando de cigarros. Os maços não ficam expostos nas prateleiras. Mas basta pedir, que o comerciante entrega o produto de origem paraguaia. Sem imposto a pagar, o negócio é lucrativo para os criminosos. O comércio ilegal se espalha pelos bairros mais simples da capital: a cada 100 varejos formais, pelo menos 48 vendem o tabaco contrabandeado. Os dados fazem parte de pesquisa divulgada pela Delegacia de Combate aos Crimes Contra a Propriedade Imaterial (DCPIM), da Polícia Civil do DF.

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De janeiro a 9 de outubro, 241.440 maços irregulares acabaram recolhidos dos comércios do Distrito Federal. O número supera o total de 2012, quando a polícia retirou 1.851 de circulação. O cigarro clandestino vem do Paraguai e chega ao DF pela BR-060. Uma rede criminosa formada, muitas vezes, por ex-traficantes de drogas é responsável pela logística, incluindo o transporte e a distribuição. O diferencial é o preço, mais barato do que o produto legal ; mas aquele sem controle de qualidade é tão ou mais nocivo do que os inspecionados.

Os criminosos aproveitam a alta carga tributária para lucrar. ;Enquanto o comerciante tem margem de lucro de 10% em cima do cigarro lícito, o contrabandista e o comerciante irregular obtêm 100% de aproveitamento. Está se tornando cada vez mais caro e mais lucrativo;, afirmou o delegado da DCPIM, Luiz Henrique Sampaio. Em 19 de setembro, os investigadores prenderam seis homens suspeitos de contrabandear 100 mil maços. Foi a maior apreensão do ano. Há duas semanas, 40 mil pacotes foram encontrados na casa de Alexandra Gervazo da Silva, 32 anos.

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