postado em 22/10/2013 21:36
O Movimento Mulheres em Luta (MML) fez hoje (22) uma manifestação na Universidade de Brasília (UnB) pedindo mais segurança no campus. As estudantes pedem a contratação de pessoas treinadas para proteger os estudantes. O grupo iluminou com velas e tochas o percurso que vai da L2, avenida que margeia a universidade, até o Instituto Central de Ciências (ICC), trecho que, de acordo com as estudantes, tem alto índice de estupros.
De acordo com a estudante de serviço social da UnB e membro do MML, Marissa Santos, a universidade só tem segurança patrimonial, o que não é suficiente na opinião dos estudantes. Ela relata que todo semestre há casos de vários tipos de violência, inclusive estupros, dentro do campus. Ela também reclama que a iluminação da universidade é precária, o que ocasiona mais insegurança para os estudantes, principalmente mulheres, o foco do protesto.
Além disso, as estudantes pedem a disponibilização de mais linhas de ônibus para a UnB, para evitar que a superlotação do coletivo ocasione abusos, e de mais linhas de transporte interno, para que as estudantes não se arrisquem ao caminhar até a avenida principal para pegar o ônibus.
Luíza Oliveira, estudante de ciências sociais e também membro do MML, disse que o grupo vai entregar um ofício para reitoria pedindo uma audiência para que um planejamento estratégico de segurança possa ser discutido. Ela disse à Agência Brasil que a universidade tem um plano de segurança arquivado, que não foi aplicado.
De acordo com Luíza, a segurança do campus da UnB é um tema antigo entre os alunos, mas o movimento de hoje foi pensado depois do sequestro relâmpago de três estudantes no estacionamento do ICC. "Depois do sequestro, as rondas da Polícia Militar aumentaram, mas a polícia não está preparada para fazer a nossa segurança. Precisamos de seguranças da UnB treinados para evitar situações de violência, principalmente de mulheres", defendeu Luíza, acrescentando que a universidade deve contratar principalmente mulheres para fazer a segurança.
A Agência Brasil tentou entrar em contato com a decana Sonia Marise Salles, indicada pela assessoria de imprensa para falar sobre o assunto, mas ela não foi encontrada.