postado em 23/10/2013 06:05
O vazamento de óleo da caldeira do Hospital Regional da Asa Norte (Hran) no Lago Paranoá é uma mancha perto dos problemas das unidades de saúde do Distrito Federal. Isso porque outros sete hospitais também precisam substituir o equipamento que provocou a contaminação do espelho d;água há oito dias. Em algumas instituições, como o Regional de Brazlândia (HRB) e o Materno Infantil de Brasília (HMIB), as irregularidades são bastante semelhantes às encontradas no Hran. No Hospital Regional de Taguatinga (HRT), o descarte inadequado do material beira o absurdo: há registros de óleo jogado na rua.
As informações constam de um relatório produzido, em 2012, pela Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb) a pedido do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT). Desde 1996, o MPDFT requisita um monitoramento periódico de 70 centros e unidades de saúde da capital. No ano passado, equipes da Caesb percorreram os locais e descobriram inadequações no piso da área das caldeiras, no sistema separador de óleo e areia e de isolamento do local das entradas para a rede de águas pluviais no HRB e HMIB e Hran. Em ofício enviado às administrações, o MPDFT, por meio da Promotoria de Defesa do Meio Ambiente e do Patrimônio Cultural (Prodema), recomendou a solução dos problemas no prazo de 30 dias, a contar da notificação.
Em resposta, a Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES) requisitou prorrogação do prazo para 120 dias, a fim de cumprir as pendências. No caso do Hran, o retorno nem sequer foi enviado à Prodema, segundo o promotor Roberto Carlos Batista. ;No inquérito civil que trata do vazamento do ano passado, desde junho nós pedimos informações para o Hran. Justamente com o objetivo de saber se eles já haviam corrigido as irregularidades constatadas. Até então, ninguém respondeu. A resposta foi esse novo dano;, analisa o promotor.
Em Taguatinga, na falta de um lago para receber os efluentes, o Hospital Regional usava a via pública para lançar o óleo que saía de suas caldeiras, de acordo com o estudo da Caesb. No documento, recomenda-se a ;delimitação de toda área da caldeira para que, em sua limpeza, (a sujeira) seja lançada para o sistema separador de areia e óleo, e não na rua;. Em nova vistoria da Caesb, a falta de limpeza do sistema separador ; que isola o óleo proveniente do funcionamento da máquina da água por meio de decantação, na areia ; permanecia. Por isso, a SES-DF protocolou pedido de prorrogação de prazo, em 10 de setembro do ano passado, para colocar fim às irregularidades. O MPDFT, por sua vez, não recebeu retorno de quais medidas foram tomadas.
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