A mancha de óleo que apareceu há 10 dias no Lago Paranoá expõe as fragilidades do espelho d;água. Destino de lazer dos brasilienses, segunda casa de atletas e fonte de renda para alguns, o espaço está suscetível a muitos riscos, que podem comprometer o tamanho e a qualidade do reservatório. O vazamento do produto derivado do petróleo por meio da rede de galeria pluviais, que contaminou a água, matou animais e suspendeu algumas atividades, é uma das ameaças. O assoreamento, o despejo ilegal de lixo e esgoto e a ocupação desenfreada da orla também são situações preocupantes.
Embora as suspeitas da origem do vazamento apontem para as caldeiras do Hospital Regional da Asa Norte (Hran) e para as obras de recapeamento do Programa Asfalto Novo, do GDF, muitos dos problemas esbarram na falta de conscientização da comunidade. Ações corriqueiras, como limpar calçadas e carros com mangueira e jogar o papel higiênico no vaso sanitário, também podem provocar danos irreparáveis ao reservatório. A água usada na lavagem de rua entra nas bocas de lobo, cai nas galerias pluviais e tem endereço: o lago. Leva sujeira, restos de óleo, graxa e até pedaços de pneus.
Presidente do Comitê de Bacias Hidrográficas do Rio Paranoá, o professor da Universidade de Brasília (UnB) Paulo Salles faz um alerta: ;O vazamento de óleo é um sinal de que há outros problemas da mesma natureza na rede de drenagem;, opinou. Segundo ele, o esgoto jogado clandestinamente nesse sistema é um dos principais riscos a que o lago está exposto.
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