Cidades

Profissionais da saúde fazem protesto em Farmácia de Alto Custo da 102 Sul

O grupo pede melhores salários, que só foram concedidos a médicos, enfermeiros e dentistas

postado em 29/10/2013 11:26
Cerca de 70 profissionais da saúde realizam um protesto em frente à Farmácia de Alto Custo, na galeria do metrô da 102 Sul, nesta terça-feira (29/10). Segundo a Polícia Militar, o grupo pede melhores salários. Entre os manifestantes, há nutricionistas, farmacêuticos, fisioterapeutas, psicólogos, assistentes sociais, fonoaudiólogos. Eles alegam que o governo somente concedeu aumento salarial a médicos, enfermeiros e dentistas.

Profissionais gritam e usam apistos em protesto na galeria do metrô da 102 Sul
Os profissionais exigem a equiparação do salário inicial com o dos dentistas, de R$ 6.620. Hoje, os manifestantes começam a trabalhar recebendo R$ 3.500. De acordo com o grupo, desde 2000 o reajuste está defasado.

Por meio de nota, a secretaria de Saúde explicou que a farmácia não será fechada e que a pasta "está tomando todas as providências para resolver a situação". A nota ressalta que "nenhum paciente deixará de ser atendido". No entanto, a reportagem do Correio encontrou a farmácia fechada por volta das 11h30.



O farmacêutico bioquímico do Hospital de Base João Eudes Filho reconhece que o ato prejudica a população. "É uma ação que vai prejudicar a população, mas é para pressionar o governo, que tem que entender que a saúde é composta por uma equipe multidisciplinar, não só de médicos, enfermeiros e dentistas", afirmou João.

Os manifestantes programaram paralisações até sexta-feira (1;/11). Na quarta-feira (30/10), realizarão ato no Centros de Atenção Psicossocial (Caps) da Rodoviária do Plano Piloto. Na quinta-feira (31/10), todos os ambulatórios de hospitais e centros de saúde não vão funcionar. Na sexta-feira (1;), haverá protesto na Farmácia de Alto Custo de Ceilândia.

O aposentado Antonio Guedes, 63 anos, perdeu a viagem de Recanto das Emas até a farmácia da 102 Sul para comprar o remédio do filho, que sofre de paralisia, mas concorda com a manifestação. "Eles têm razão de fazer a paralisação. Vou tentar vir outro dia".

Com informações de Maryna Lacerda.

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