postado em 31/10/2013 06:09
A troca de acusações entre órgãos públicos e uma empresa terceirizada, a respeito do vazamento de óleo no Lago Paranoá, está longe do fim. Dois dias após a confirmação da semelhança entre a substância encontrado no espelho d;água e o combustível da caldeira do Hospital Regional da Asa Norte (Hran), um novo teste químico contesta o laudo oficial, emitido pelo Laboratório de Materiais Combustíveis da Universidade de Brasília (UnB). A empresa responsável pela manutenção e pela operação das máquinas, a Técnica Construção, Comércio e Indústria Ltda., pediu a um laboratório particular para fazer o exame comparativo, e o resultado diverge do apresentado pela Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh).Leia mais notícias em Cidades
O relatório divulgado ontem afirma que ;a análise das amostras coletadas no lago e na caldeira do Hran mostraram divergências que comprovam que o óleo da caldeira não foi o responsável pela mancha que apareceu no Paranoá, no Iate Clube de Brasília. A evidência está no solvente benzeno, presente no óleo BPF OC-2A (que abastece a máquina), que não está presente nas amostras de água coletadas e analisadas do lago, aparecendo apenas em uma das amostras sólidas com uma concentração de 137,1295mg/l, aproximadamente 45% superior à amostra original;. Segundo o documento, outra evidência é a presença de tolueno no lago, sendo que este solvente não aparece no combustível BPF nem na caixa de contenção do hospital.
Para o engenheiro Jair Rodrigues da Costa, proprietário da Técnica, o resultado comprova que a substância poluidora não é proveniente da unidade de saúde. ;Esse laudo serviu de base para rechaçar qualquer dúvida de que saiu da caldeira. Precisaria de 60;C para o combustível escorrer daquele jeito. Não me oponho à análise da UnB, mas a diferença básica é que a universidade pediu as semelhanças entre os óleos, já a Secretaria de Saúde e nós pedimos as discrepâncias para comparar;, argumenta.
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