Cidades

Agente é suspeito de comandar grupo que agia para derrubar duas delegadas

Elas apuravam denúncia contra os acusados por crimes como extorsão e até homicídio. Bando usava órgãos públicos a fim de prejudicar as profissionais

postado em 01/11/2013 06:12

Documento da Corregedoria da Polícia Civil transcreve conversas em que o agente Luiz Cláudio Nogueira pede favores a uma servidora do Departamento de Trânsito (Detran) em troca de suposto pagamento em dinheiro

Um grupo de policiais civis é alvo da Corregedoria da Polícia Civil do Distrito Federal por usar a estrutura de órgãos públicos a fim de prejudicar duas delegadas. As ex-corregedoras Elaine Januário e Renata Malafaia, lotadas na assessoria especial da Direção-Geral e na 1; DP (Asa Sul), respectivamente, aparecem como alvos de uma ação orquestrada por agentes investigados pelas profissionais por extorsão, furto, ameaça e homicídios.

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Elaine deixou o cargo de corregedora em fevereiro, após o marido dela, Rogério Rodrigues dos Santos, ter sido preso como suspeito de fabricar produtos de limpeza sem autorização da Anvisa (leia Entenda o caso). Em um documento da Corregedoria ao qual o Correio teve acesso, o ex-agente da Delegacia de Repressão a Sequestros (DRS) Luiz Cláudio Nogueira ; preso desde março por furto e extorsão ;, aparece trocando mensagens telefônicas com um policial militar, com servidores da Secretaria de Fazenda e com uma funcionária do Departamento de Trânsito (Detran) para obter informações sigilosas sobre as delegadas.

Em um dos diálogos, Luiz Cláudio solicita dados a um policial militar sobre a relação de Elaine com a empresa de higienização Sanitech Comércio e Tecnologia, do marido dela. ;Já consultei no Infoseg e apareceu ela como sócia;;, comentou a fonte. ;Preciso do contrato social... Tenta tbm (também);, diz ele, em dois dos trechos. Mais adiante, Luiz Cláudio também troca mensagens sobre a ex-corregedora com o agente de polícia aposentado Marcelo Toledo Watson e Paulo César Barongeno, presos durante a Operação Miquéias, deflagrada pela Polícia Federal no mês passado. ;A tua amiga caiu, né. Ta feliz (sic);, teria dito Barongeno. Luiz responde: ;Ohhhh..Nem me fale;Mas ainda tem mais batalha;. Em 2009, Luiz Cláudio foi cedido pela PCDF para trabalhar no gabinete do senador Gim Argello (PTB).

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