Cidades

Comissão cobra transparência na investigação de homem desaparecido no DF

Direitos Humanos pede rapidez na apuração do sumiço de auxiliar de serviços gerais em Planaltina

postado em 05/11/2013 20:04
A família de Antônio Pereira Araújo compareceu na reunião entre Comissão de Direitos Humanos e a Secretaria de Segurança Pública
A Comissão de Direitos Humanos do Senado Federal se reuniu com o secretário de Segurança Pública do DF, Sandro Avelar, nesta terça-feira (5/11) para pedir esclarecimentos sobre a postura das autoridades diante do sumiço do auxiliar de serviços gerais Antônio Pereira de Araújo, 32 anos, desaparecido há 164 dias em Planaltina. Para o advogado da família de Araújo, Lairson Rodrigues Bueno, as perícias deixaram a desejar ou não existiram. "Não ocorreram ou foram tardias, como se houvesse preocupação em acobertar alguma coisa", disse Lairson.


"Pedimos que a família seja informada e que haja celeridade no processo de investigação", disse a presidente da comissão, senadora Ana Rita (PT-ES). O secretário de segurança pública afirma que não há indícios que apontem o envolvimento dos policiais civis ou militares no desaparecimento do Antonio.

Antonio foi visto pela última vez pela mãe, a aposentada Felícia Pereira de Araújo, 70 anos, por volta das 14h de 26 de maio. Segundo consta no inquérito, Antônio teria sido detido por PMs na chácara do sargento Valdemiço Salustriano de Souza, 48 anos, no Córrego do Atoleiro. O auxiliar de serviços gerais foi encontrado por volta das 4h40 nas terras do sargento, sem camisa e de bermuda, com um arranhão nas costas e sinais de embriaguez, segundo os depoimentos dos policiais militares.

De acordo com a PM, Antônio foi conduzido à 31; Delegacia de Polícia (Planaltina) e liberado em seguida por não ter antecedentes criminais. Entretanto, não há registros que comprovem a passagem dele pela unidade policial. Existem contradições nas versões contadas pela PM e por um escrivão da Polícia Civil.

Caso Amarildo

O caso de Antonio lembra aos do . PMs o retiraram de um bar e o interrogaram sobre um paiol de armas apreendidas. Depois disso, ele nunca mais foi visto. Foram realizadas buscas, mas o corpo não foi localizado.

Em outubro, o Ministério Público denunciou 15 policiais por participação na tortura e na morte do ajudante de pedreiro, três tiveram a prisão preventiva decretada.



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