Cidades

Caminhada no Parque da Cidade conscientiza comunidade sobre doenças raras

Em fevereiro deste ano, a repórter do CorreioWeb Stefany Borges de Lima, 28 anos, morreu, vítima da hipertensão pulmonar

postado em 09/11/2013 11:59
A Associação Brasileira de Amigos e Familiares de Portadores de Hipertensão Arterial Pulmonar (ABRAF) promove, neste domingo (10/11), no Parque da Cidade Sarah Kubitschek, uma caminhada para conscientizar a população a respeito da doença. O evento começa às 9h e os participantes vão se reunir próximo à administração do parque.

Com apoio da Associação MariaVitoria de Atenção aos Familiares e Pacientes de Doenças Raras (AMAVI) e da Sociedade Paulista de Pneumologia e Tisiologia (SPPT), a caminhada acontece, no mesmo fim de semana, em outras quatro cidades brasileiras.

A hipertensão pulmonar é uma doença incomum, desconhecida por boa parte da classe médica, e é caracterizada por sintomas semelhantes aos de outros problemas respiratórios como tontura, falta de ar e cansaço. A doença, que não tem cura, afeta os vasos dos pulmões e, consequentemente, sobrecarrega o coração. De acordo com a ABRAF, a doença acomete, na maioria dos casos, mulheres na faixa de 30 a 40 anos e, sem o tratamento adequado ou por conta do atraso no início da terapêutica em decorrência da falta de diagnóstico correto e precoce, a expectativa de vida do paciente é de menos de três anos.

Memória

Em fevereiro deste ano, a repórter do CorreioWeb Stefany Borges de Lima, 28 anos, morreu, vítima da hipertensão pulmonar. Diagnosticada no início de 2012, ela enfrentou a doença ao lado do namorado e da família. Para a irmã de Stefany, Flávia Lima, a falta de conhecimento sobre a doença deixa pacientes e familiares inseguros. ;Lidar com uma doença rara é muito difícil, principalmente pela falta de informação. No caso da hipertensão pulmonar, ela é desconhecida não apenas pela sociedade, mas também pelo governo e pela classe médica;, explica.

De acordo com Flávia, o objetivo da caminhada é conscientizar a população a respeito da doença e divulgar os sintomas que, por serem comuns a outros problemas de saúde, dificultam o diagnóstico. ;Perdi minha irmã para a hipertensão pulmonar, mas quero continuar lutando para que outros pacientes tenham mais opções de tratamento e acesso aos medicamentos. Essa é uma forma de homenageá-la;, conta.

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