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Caminhada simbólica simula e conscientiza sobre hipertensão pulmonar

O evento teve início às 10h e aconteceu no Parque da Cidade Dona Sarah Kubitschek

postado em 10/11/2013 11:24

O evento teve início às 10h e aconteceu no Parque da Cidade Dona Sarah Kubitschek

Cerca de quarenta pessoas se reuniram na manhã deste domingo (10/11) para conscientizar a população sobre a hipertensão pulmonar, doença rara desconhecida inclusive por boa parte da classe médica. O evento, promovido pela Associação Brasileira de Amigos e Familiares de Portadores de Hipertensão Arterial Pulmonar (Abraf), teve início às 10h e aconteceu no Parque da Cidade Dona Sarah Kubitschek, com balões e distribuição de panfletos contendo informações sobre o mal.

Para simular a doença, e fazer com que as pessoas entendam os sintomas de alguém que possua a hipertensão pulmonar, foram percorridos apenas 150 metros, já que os doentes sentem muito cansaço e falta de ar mesmo ao realizar as tarefas cotidianas mais simples, como caminhar.

Com apoio da Associação MariaVitoria de Atenção aos Familiares e Pacientes de Doenças Raras (AMAVI) e da Sociedade Paulista de Pneumologia e Tisiologia (SPPT), a caminhada aconteceu no mesmo fim de semana em outras quatro cidades brasileiras.

A hipertensão pulmonar é uma doença incomum, desconhecida por boa parte da classe médica, e é caracterizada por sintomas semelhantes aos de outros problemas respiratórios como tontura, falta de ar e cansaço. A doença, que não tem cura, afeta os vasos dos pulmões e, consequentemente, sobrecarrega o coração. De acordo com a ABRAF, a doença acomete, na maioria dos casos, mulheres na faixa de 30 a 40 anos e, sem o tratamento adequado ou por conta do atraso no início da terapêutica em decorrência da falta de diagnóstico correto e precoce, a expectativa de vida do paciente é de menos de três anos.


O evento teve início às 10h e aconteceu no Parque da Cidade Dona Sarah Kubitschek

Memória
A caminhada contou com a participação de Flávia Lima e Aldo Caixeta, irmã e namorado, respectivamente, de Stefany Lima, repórter do CorreioWeb, que morreu em fevereiro deste ano vítima da hipertensão pulmonar. Com apenas 28 anos, ela foi diagnosticada no início de 2012.

Para Flávia, a falta de conhecimento sobre a doença deixa pacientes e familiares inseguros. ;Lidar com uma doença rara é muito difícil, principalmente pela falta de informação. No caso da hipertensão pulmonar, ela é desconhecida não apenas pela sociedade, mas também pelo governo e pela classe médica;, explica.

De acordo com a irmã, o objetivo da caminhada é conscientizar a população a respeito da doença e divulgar os sintomas que, por serem comuns a outros problemas de saúde, dificultam o diagnóstico. ;Perdi minha irmã para a hipertensão pulmonar, mas quero continuar lutando para que outros pacientes tenham mais opções de tratamento e acesso aos medicamentos. Essa é uma forma de homenageá-la;, conta.

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