Jornal Correio Braziliense

Cidades

Investigação sobre capotagem de ônibus com jovens começará só após greve

Motorista alcoolizado, alta velocidade, superlotação e uso do veículo para serviço ao qual ele não era autorizado. Essas são algumas das razões para a capotagem que terminou na morte de duas adolescentes na noite de sábado

Uma sucessão de erros pode explicar o acidente que matou duas jovens e deixou pelo menos 34 feridos, na noite de sábado. Um letreiro no ônibus explicitava que a lotação máxima era de 38 passageiros. No entanto, 59 pessoas, segundo os organizadores da viagem, foram transportadas até Luziânia (GO). O destino deles era uma festa rave, realizada na Fazenda Enseada do Lago. Relatos dos jovens apontam que o motorista consumiu bebida alcóolica durante o trajeto para o município goiano e dirigia em alta velocidade. O ônibus tinha adesivo de identificação para fazer transporte escolar, mas prestava o trabalho de excursão, o que é proibido. Os passageiros sentados estavam sem cinto e outros permaneciam em pé.

Mesmo diante das evidências de irregularidades, as famílias das vítimas podem demorar a ter uma resposta sobre o caso. A ocorrência está registrada no Centro Integrado de Operações de Segurança (CIOPS) de Luziânia, mas a greve da Polícia Civil goiana prejudica o andamento das investigações. Até ontem, os investigadores tinham condições de colher informações sobre o paradeiro do condutor foragido, mas não foram realizadas diligências para prendê-lo. ;Temos elementos suficientes para identificá-lo, mas a apuração do caso só começará após o término da greve, que já tem cerca de 50 dias;, admitiu o delegado André Veloso.
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