O Ministério Público do DF confirmou ter conseguido a prorrogação, em mais cinco dias, da prisão temporária dos ex-administradores Carlos Sidney Oliveira e Carlos Alberto Jales, de Águas Claras e Taguatinga, respectivamente. A Polícia Civil e o MP também ingressaram, ontem, com pedido de revogação da detenção domiciliar dos dois. Mesmo com a prisão decretada, os principais investigados na Operação Átrio estão bem longe de cumprir a medida. Carlos Sidney conseguiu converter a ordem em prisão domiciliar, mas os policiais civis encarregados da escolta nem sequer tinham conhecimento do local onde ele se encontrava.
Carlos Jales segue em um hospital particular, em Taguatinga, com crise de hipertensão e ainda não prestou depoimento. Os dois gestores são suspeitos de cobrar propina para autorizar e agilizar a concessão de alvarás para empreendimentos imobiliários e comerciais. Carlos Sidney não está no apartamento em que mora e foi preso, em Águas Claras. Segundo familiares, o ex-administrador encontra-se em um sítio em Brazlândia.
Apesar do mandado de prisão, Carlos Jales nem sequer foi preso durante a Operação Átrio. Ele deixou o apartamento às 4h da madrugada, segundo contam investigadores, duas horas antes da chegada da Polícia Civil e de promotores de Justiça. O ex-administrador de Taguatinga apresentou-se um dia depois e está internado. Não há previsão de alta.
A preocupação dos delegados da Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (Deco) é de que Carlos Sidney tenha contato com testemunhas e, assim, atrapalhe o andamento das investigações. Ele foi preso em casa, mas, após uma crise hipertensiva, ficou internado no Hospital de Base do DF. Recebeu alta na noite de sexta-feira e foi levado de volta para o 19; Batalhão de Polícia Militar, no Complexo Penitenciário da Papuda. Pouco depois, acabou liberado após ser beneficiado pela prisão domiciliar.
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