O motorista do ônibus que se acidentou em Luziânia, na noite do último sábado, passou por pelo menos três hospitais públicos e, mesmo assim, não foi submetido a um exame de alcoolemia. Em greve há mais de 50 dias, a Polícia Civil de Goiás demorou a notificar as unidades de saúde do Distrito Federal e do Entorno e, dessa forma, comprometeu a investigação do caso. Em situações normais, a autoridade policial teria de alertar os centros médicos da região sobre a possibilidade de um condutor embriagado buscar atendimento. No caso, Eli Rodrigues Pereira, 31 anos.
Leia mais notícias em Cidades
Ontem, ele se apresentou ao Centro Integrado de Operações de Segurança (Ciops) do município goiano, às 9h, 60h depois da tragédia. Agora, nenhum exame é capaz de detectar se Eli estava ou não embriagado na hora da capotagem do ônibus em que estavam 60 jovens ; duas garotas morreram e 34 ficaram feridos. Durante quatro horas, o motorista se explicou à polícia e negou todas as denúncias. Por meio do advogado, rebateu a acusação de ter assumido embriagado a direção do ônibus.
Mas dezenas de passageiros contaram que ele fez diversas paradas para comprar cerveja. O homem ainda afirmou ser mentirosa a informação de que dirigia a 120km/h no momento do desastre e alegou ter fugido sem prestar socorro às vítimas por medo de ser linchado. O suspeito procurou ajuda, primeiramente, nos hospitais de Luziânia, em Goiás, e de Santa Maria, no DF. Sem conseguir atendimento devido à superlotação das duas unidades, procurou socorro no Hospital Regional de Taguatinga, onde tratou um ferimento na cabeça e uma batida nas costas.
A matéria completa está disponível aqui para assinantes. Para assinar, clique aqui.