postado em 17/11/2013 07:14
É um livrinho despretensioso o Lucio Costa, inventor de Brasília, é quase um pequeno álbum de recordações de uma menina. É obra permeada de afeto ; só ele salva, escreve o arquiteto Ciro Pirondi, na apresentação do volume de 133 páginas. Desfiando lembranças e mariscando documentos, Maria Elisa Costa compôs um livreto que é quase um libreto da partitura denominada Plano Piloto de Brasília, composta em pouco mais ou pouco menos de 120 dias, entre novembro de 1956 e 10 de março de 1957.
Não se contém na invenção da nova capital, porém. A obra recém-lançada pela editora Escola da Cidade (SP) é também uma concisa biografia profissional e pessoal do arquiteto, quase um adendo ao Registro de uma Vivência, a esgotada autobiografia de Lucio Costa (oferecida por até R$ 1,8 mil em sebo virtual). Ou uma provocação às grandes editoras e instituições de fomento à cultura: por que não reeditam o Registro?
É o pai conduzido pelo testemunho afetivo da filha: ;;Olha, repara, presta atenção!’, ele sempre repetia nas nossas viagens, para abrir o nosso olhar. Isso além de preciosas recomendações, como, por exemplo, observar as coisas ; sejam quadros ou arquitetura ; a partir da intenção do artista;fugindo de comparações entre intenções diferentes.; Aos 3 anos de idade, esbarrando num grande capitel do Metropolitan Museum, Maria Elisa exultou diante da descoberta: ;Mamãe! Olha a jônica!” (Capitel é a parte superior de uma coluna, geralmente ornamentada. A coluna jônica tem um capitel ornado com duas formas em espiral).
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