postado em 18/11/2013 06:15
A educação básica do Distrito Federal terá novo currículo a partir de 2014. A Secretaria de Educação lançará, em fevereiro, uma proposta que tem como eixos fortes a construção da cidadania dos estudantes e a utilização de diferentes avaliações para corrigir pontos negativos e exaltar os positivos. Estão previstos também o ensino de conhecimentos populares de determinadas regiões, de forma interdisciplinar, dentro das salas de aula. As escolas terão autonomia para fazer projetos pedagógicos próprios, relacionados às especificidades de cada local.
Em Brazlândia, por exemplo, é possível intercalar o estudo da biologia com o plantio do morango, tratar dos saberes rurais e ainda trabalhar a cultura popular. Em uma cidade como o Cruzeiro, pode-se falar sobre a história dos cariocas que se instalaram em Brasília. Toda a complementação segue uma tendência nacional de ir além do currículo tradicional, de desenvolver não somente o lado cognitivo dos alunos, mas também o humano, o democrático. A intenção é formar seres humanos capazes de reconhecer, nas comunidades onde vivem, os valores construídos ao longo de décadas.
De acordo com a subsecretária de Educação Básica da pasta, Edileuza Fernandes da Silva, o documento a ser apresentado foi construído de forma inédita dentro da rede pública de ensino. ;Não foram contratadas pessoas de fora para elaborar as diretrizes. Elas foram discutidas e validadas pelos professores da rede desde 2011. É um documento legítimo, nascido do debate;, explica. A subsecretária afirma que foram realizadas sete plenárias sobre o assunto, cada uma com duas regionais de ensino. Elas avaliaram o currículo e designaram delegados para analisar o projeto.
A secretaria recebeu respostas sobre os pontos frágeis e os positivos e adequou o Currículo da Educação Básica em Movimento, divulgado hoje com exclusividade pelo Correio, seguindo as coordenadas dos docentes. Os grupos de trabalho abrangeram profissionais da educação infantil; dos ensinos fundamental e médio; da educação especial; e da de jovens e adultos.;Houve uma versão experimental, provisória, em 2010. Esta é uma diretriz que realmente atende a anseios dos professores;, diz Edileuza.
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