postado em 20/11/2013 12:38
Cerca de 3 mil profissionais da saúde podem entrar em greve. Parte deles está reunida em um acampamento na praça do Buriti nesta quarta-feira (20/11) para esperar uma proposta do governo acerca dos pedidos da categoria. As pistas do Eixo Monumental foram paradas no início da tarde, alguns motoristas tiveram que desviar pelo caminho do Autódromo.De acordo com a Polícia Militar, o trânsito já foi desbloqueado e flui normalmente, no entanto os funcionários da saúde permanecem acampados na praça. Não houve confronto para que eles desocupassem as vias.
Caso não concordem com o acordo sugerido pela Secretaria de Administração Pública do DF, os manifestantes devem deliberar em assembleia e paralisar os serviços por tempo indeterminado. Uma das principais reivindicações dos farmacêuticos, bioquímicos, nutricionistas e outros servidores de nível superior -- exceto médicos, dentistas e enfermeiros-- subordinados à Secretaria de Saúde é a isonomia salarial com os odontólogos.
Hoje há uma diferença que chega a R$ 4 mil entre os diferentes cargos. A farmacêutica Kattia Cunha, 45 anos, lembra que até 2000 todos os profissionais estavam no mesmo patamar. Depois, houve um desmembramento e só uma parte recebeu aumentos salariais. "Só os médicos, dentistas e enfermeiros tiveram os salários reajustados. Essa discriminação é um absurdo. Se continuar assim, as profissões correm o risco de serem extintas, pois qual o jovem que vai querer prestar vestibular para uma carreira que paga tão mal?", questiona.
Outra solicitação é a redução do tempo para fim de carreira de 25 anos para 18. Uma equipe do Sindsaúde conversa com representantes da Seap neste momento. Assim que eles voltarem com a proposta, os profissionais vão deliberar sobre a greve.