Cidades

Memorial de Jango abre controvérsia entre familiares e defensores de JK

Projeto do Memorial da Liberdade João Goulart está orçado em R$ 15 milhões e foi feito por Oscar Niemeyer

postado em 23/11/2013 06:00

Os traços do projeto do prédio lembram o Museu Nacional da República e foram inspirados no duro golpe que se abateu sobre o país em 1964

Em meio a tantos itens controversos do Plano de Preservação do Conjunto Urbanístico de Brasília (PPCub) relativos a novas construções no Eixo Monumental, o único ponto pacificado diz respeito ao Memorial da Liberdade João Goulart. Apesar de estar longe da pauta legislativa, a edificação em homenagem ao presidente deposto pelos militares em 1964 suscita outra polêmica. Há quem diga que levantar um memorial para um presidente que não Juscelino Kubitschek abre um precedente para outros chefes de Estado.

Há muitos anos, o Instituto João Goulart luta pela criação do espaço dedicado à memória de Jango. A ideia da família, que comanda a instituição sediada no Rio de Janeiro, é contar a história do último presidente eleito antes de o Brasil ser governado por uma ditadura imposta pelas Forças Armadas.

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Em abril deste ano, a Secretaria de Cultura do Distrito Federal formalizou a cessão do terreno no Eixo Monumental, localizado exatamente em frente ao complexo do Exército, o chamado Setor Militar Urbano. Os familiares de Jango esperam inaugurar a pedra fundamental da obra, cujo projeto é de Oscar Niemeyer, no ano que vem, aniversário de 50 anos do golpe. Atualmente, o instituto arrecada fundos, por meio da Lei de Incentivo à Cultura, no valor de R$ 15 milhões, para executar a planta.

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