Cidades

Pelo menos três falhas facilitaram a ação de detentos em hospital

Segundo as normas de segurança, agente não deveria ter guardado revólver na gaveta e muito menos ter ficado sozinho na cela onde estavam três presos

postado em 26/11/2013 08:00
Pai e filho ficaram sob o poder dos bandidos por quase cinco horas. Houve troca de tiros dentro da unidade de saúde, mas ninguém se feriu

Pelo menos três falhas na segurança da ala carcerária do Hospital Regional do Paranoá, conhecida como papudinha, facilitaram a fuga dos criminosos Wanderson Alex Borges da Silva, 20 anos, e Ribamar Rufino de Lira, 38, para o quarto de um paciente, feito refém por quatro horas e meia na tarde do último domingo. Segundo a Subsecretaria do Sistema Penitenciário (Sesipe), apenas um agente fazia a escolta de três detentos, apesar de cinco estarem escalados para o trabalho. Além disso, a arma do responsável pela vigilância não poderia estar guardada em uma gaveta e ele também não deveria ter aberto a cela sem um outro colega na retaguarda. Os erros, por pouco, não resultaram em uma tragédia. Uma comissão da Sesipe investiga se houve negligência dos agentes penitenciários.

Os dois detentos que conseguiram abrir a cela instalada no quarto andar do hospital estavam internados havia duas semanas. Ao perceber a falha na segurança, Wanderson pediu para ir ao banheiro. Assim que teve as algemas retiradas, dominou o agente com uma gravata, mesmo estando com pinos em um dos braços. Enquanto isso, Ribamar, que estava sem vigilância, mesmo algemado em uma maca, conseguiu arrastar a cama e pegar o revólver do agente penitenciário que tinha sido colocado na gaveta de um armário.

Os criminosos tiveram tempo de tomar as chaves do agente e abrir a cela. Em seguida, eles invadiram o quarto onde estava Antônio Ryan Nunes Moreira,10 anos, e o pai dele, o motorista Weclef Rezende Moreira, 30. O garoto se recuperava de uma cirurgia de apendicite, feita 11 horas antes, no mesmo andar onde fica a Papudinha. Houve troca de tiros entre os bandidos e os policiais. Ao todo, foram feitos quatro disparos, mas ninguém se feriu. Ryan e Weclef ficaram em poder dos detentos até a chegada de uma equipe de negociadores da Divisão de Operações Especiais (DOE). Os criminosos se renderam por volta das 16h30, quase cinco horas depois.

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