Cidades

Punições não reduzem descaso dos planos de saúde, segundo ANS

Segundo levantamento feito pela Agência Nacional de Saúde, a pedido do Correio, 45 das 89 operadoras de planos hospitalares no Brasil foram suspensas mais de uma vez desde 2011. Do total, 25 receberam penas mais de três vezes

Flávia Maia
postado em 02/12/2013 06:00

A qualidade do serviço de plano de saúde no Brasil ainda está longe de agradar ao consumidor. No dia a dia, os clientes têm dificuldade para agendar consultas e exames, os prazos máximos para marcação de procedimentos não são cumpridos, a rede credenciada não para de diminuir e, por fim, os preços praticados são altos em relação ao que é oferecido. Há dois anos, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) instaurou os períodos de monitoramento e a suspensão da venda de planos de saúde com muitas reclamações.

Mas o que parecia uma ameaça às operadoras mostrou-se ineficiente na melhora do atendimento. As empresas parecem não se preocupar com a punição. Prova disso é que mais da metade (50,6%) das operadoras que foram punidas pela ANS continuaram cometendo os mesmos erros e, mais de uma vez, foram obrigadas a suspender a venda de seus produtos.

Desde o início dos monitoramentos, em dezembro de 2011, a ANS puniu 89 operadoras e impediu a comercialização de 700 planos. Atualmente, são 1,1 mil registros. A agência pune as empresas que não cumprem os prazos máximos de atendimentos e negam cobertura ao beneficiário. Foram sete ciclos de fiscalização e cinco deles com penalidades. Nos outros dois casos, a suspensão não ocorreu porque, pelas regras da ANS, as empresas estavam em períodos de mudança de regras e sem uma base comparativa anterior. Segundo um levantamento realizado pela ANS a pedido do Correio, 45 das 89 operadoras foram suspensas mais de uma vez. Sendo que 25 delas (28%) receberam a punição mais de três vezes (veja infográfico).

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