postado em 05/12/2013 15:02
Três pessoas foram presas no início da tarde da última quarta-feira (4/12) enquanto negociavam lotes em um parcelamento irregular na região do Altiplano Leste, no Paranoá. A área fica próxima à divisa com o Lago Sul.A venda dos lotes ilegais poderia render até R$ 1,5 milhão aos suspeitos. Algumas unidades chegavam a custar R$ 260 mil. Os homens foram flagrados por agentes da Secretaria da Ordem Pública e Social (Seops) e da Polícia Civil.
Entre os detidos, havia um intermediário, uma corretora de imóveis e um homem que se apresentou como dono do terreno, mas não tinha documentos que comprovassem a propriedade da terra.
Com os suspeitos foram apreendidos documentos e até um anúncio com detalhes do negócio, como tamanho dos lotes e estrutura disponível no local onde seria instalado mais um condomínio irregular, como telefone fixo, iluminação asfáltica e cerca elétrica.
Na área do flagrante há somente uma casa construída, sede da chácara que seria dividida para dar lugar a um condomínio, Residencial Vida Boa. A área total do terreno equivale a pouco mais do que dois campos de futebol.
As unidades mais baratas custavam cerca de R$ 170 mil e tinham uma área de 700 metros quadrados. As mais caras, de 1.257 metros quadrados, chegavam a custar R$ 260 mil. Dois dos que tinham preço mais elevado teriam sido vendidos.
Na mesma região do Paranoá, onde ocorreu o flagrante, os órgãos de fiscalização do DF realizaram 38 operações só neste ano, e erradicaram 61 edificações. ;É bom lembrar que o crime de grilagem ocorre também para quem divide lotes em área particular;, alerta do delegado da Delegacia Especializada de Meio Ambiente (Dema), Richard Moreira.
O trio foi encaminhado à Delegacia do Meio Ambiente, onde foi autuado em flagrante pelo crime de parcelamento irregular do solo. Um levantamento será realizado para saber quem, de fato, é dono da área. A pena para esse tipo de delito varia entre um e cinco anos, com multa entre 10 e 100 salários mínimos, em caso de condenação.