postado em 06/12/2013 06:00
Parar na vaga mais próxima deixou de ser a única preocupação de quem estaciona o carro em Brasília. Encontrar um local movimentado e com boa iluminação é pré-requisito. Procurar por pessoas suspeitas antes de retornar ao veículo, esconder os pertences de valor e evitar andar sozinho tornaram-se hábitos obrigatórios para quem sai de casa.O Correio mostrou, na edição de ontem, que, de janeiro a outubro de 2013, houve 484 roubos a pedestres e 34 a comércio somente na Asa Norte, onde, na noite de terça-feira, um assaltante tentou render um policial civil no estacionamento da 309 Norte e acabou morto a tiros. Nas lojas do bairro, os furtos também são comuns: foram 224 no mesmo período. Pesquisa da Secretaria Nacional da Segurança Pública do Ministério da Justiça (Senasp/MJ) realizada nas capitais e divulgada ontem revela que 9,3% dos entrevistados do DF foram vítimas de furto de carro, caminhão ou caminhonete. O índice é considerado alto e fica atrás apenas de São Paulo (10,7%) e Rio de Janeiro (11,3%).
Nos 12 meses anteriores à entrevista, 3,1% dos moradores da capital haviam sido alvo de roubo de moto, motocicleta ou lambreta ; a taxa mais alta do país. Além disso, o percentual de vítimas de qualquer tipo de roubo no DF (9,07%) é muito próximo ao da capital paulista (9,31%) e de Alagoas (10,46%). A confiança na Polícia Civil está expressa na quantidade de pessoas roubadas que registraram queixa na polícia (54,30%). Na Paraíba, cuja taxa é a menor do país, esse índice cai para 18,4%.
Se a sensação de insegurança e de ausência do poder público ficou mais evidente após o assalto de terça-feira na 309 Norte, na vizinha Asa Sul, várias ocorrências têm mostrado como a população está refém dos bandidos. Ontem, na Quadra 513, uma lotérica foi assaltada no fim da tarde.
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