postado em 10/12/2013 18:33
Em depoimento, o delegado da Coordenação de Crimes contra a Vida (Corvida) Julião Ribeiro afirmou que Adriana Villela, filha do casal Villela, assassinado em agosto de 2009, estaria no apartamento da 113 Sul durante a execução do crime ou no máximo alguns dias depois do assassinato. O investigador foi ouvido na condição de testemunha de acusação no primeiro dia do Tribunal do Júri.
;Ficou certo que ela (Adriana) esteve ali no dia do crime ou, no máximo, dois dias depois;, disse, ao falar sobre o trabalho realizado pelos papiloscopista da Polícia Civil. Julião também lembrou que durante as investigações uma testemunha relatou haver visto uma mulher dentro do apartamento do casal no horário do crime. ;Na minha visão, a mulher descrita seria muito semelhante à Adriana;, relatou, recordando o retrato falado feito pela testemunha.
Segundo Julião, pouco tempo após o caso chegar à Corvida ; a investigação foi transferida após passar pela 1; DP, onde a delegada chefe da unidade, Martha Vargas, teria forjado provas na cena do crime -, a polícia já estaria convencida que a mandante do crime era Adriana.
Durante as investigações iniciadas pela 1; DP, três inocentes acabaram presos. Na casa deles, os policiais disseram ter encontrado uma chave do apartamento do casal Villela. Martha Vargas, contou, à época, que teria chegado até os supostos autores com a ajuda de uma vidente. ;Até hoje ficou em aberto a questão da chave. Não tem explicação. A delegada Martha Vargas queria isentar Adriana;, relatou Julião.
Ainda de acordo com o investigador, o ex-porteiro do prédio Leonardo Campos Alves teria entrado em contato com duas pessoas, Francisco Aguiar e Paulo Santana, para cometer o crime a mando de Adriana. ;Em geral, todos deram o mesmo depoimento, com detalhes que só quem estava na cena do crime poderia dar;, disse. ;Pouco me importa se eram profissionais. As provas mostram os culpados;, afirmou o delegado, durante o testemunho que durou aproximadamente 4 horas.