Cidades

Parentes de família morta nos EUA questionam tese da polícia

Parentes de Cledione, Márcio Luiz e Wendy duvidam que o trio tenha morrido em decorrência de duplo homicídio seguido de suicídio. Irmã da mulher tenta acelerar a ida aos Estados Unidos a fim de trazer os corpos, mas ainda não sabe como custeará a viagem

postado em 13/12/2013 06:03
Márcio Luiz foi o único identificado pela polícia, graças a teste de DNA

Sem acreditarem na hipótese levantada pela polícia americana de um duplo homicídio seguido de suicídio, familiares de Cledione Regina Ruppenthal Ferraz do Amaral, 34 anos, Márcio Luiz Ferraz do Amaral, 45, e Wendy Ferraz do Amaral, 10, encontrados mortos na casa onde viviam em Orlando, têm pressa para trazer os restos mortais dos três para o Brasil. ;Peço que preservem a memória deles, pois já partiram desse mundo e merecem respeito. Eles eram felizes e se amavam muito;, disse Suênia Ruppenthal, irmã de Cledione. Ontem, ela passou o dia em Brasília tentando agilizar a retirada do passaporte e do visto de emergência para ir até os Estados Unidos providenciar a liberação dos corpos.

Autoridades brasileiras na Flórida acompanham as investigações do caso, que está sob os cuidados da delegacia do condado de Orange County. De acordo com Suênia, a identificação de Márcio já foi feita por meio de teste de DNA, pois, como ele serviu a Marinha americana, havia amostra de material genético dele no banco de dados daquele país. ;Da minha irmã e da minha sobrinha, porém, não tem nada. Só mesmo quando eu chegar lá;, explica. Esse é, no entanto, outro desafio. A família de Cledione, que vive em Formosa (GO), não tem condições para arcar com as despesas da viagem, tampouco com os custos da cremação e do transporte das cinzas ao Brasil. O gasto estimado, apenas com a operação funerária, é de R$ 53 mil.

Diante da dificuldade e do apelo de amigos, Suênia lançou uma campanha por meio de uma rede social para pedir doações. Muitas pessoas responderam à mensagem e têm compartilhado o pedido. É pela internet também que ela recebe o carinho até mesmo de desconhecidos sensibilizados pela trágica história, que chocou a comunidade da Flórida.

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