Leonardo Campos Alves e Francisco Mairlon Barros Aguiar foram condenados pela morte de José Guilherme Villela, ex-ministro do TSE, da mulher dele, Maria Carvalho Villela, e da empregada do casal, Francisca Nascimento da Silva. O júri popular no Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) terminou por volta das 4h desta sexta-feira (13/12). Em três dias, o julgamento durou mais de 42 horas.
O ex-porteiro Leonardo pegou uma pena de 60 anos em regime inicial fechado pelos três homicídios e por furto qualificado. Já a pena de Francisco Mairlon é de 55 anos pelos mesmos crimes.
O terceiro e último dia foi marcado por fortes acusações, além de bate-boca entre Ministério Público e defesa dos réus. José Guilherme, Maria Carvalho e Francisca foram mortos com 73 facadas no apartamento da família, na quadra 113 Sul, em agosto de 2009.
Além de Leonardo e Francisco, está preso Paulo Cardoso Santana, sobrinho de Leonardo. Adriana Villela, filha do casal, entrou com recurso na Justiça e aguarda a marcação da data do julgamento.
Depois que os réus foram ouvidos, na noite de quinta-feira (12/12), promotoria e defesa começaram a fase dos debates. Maurício Miranda, promotor, disse que Leonardo, ex-porteiro do apartamento em que morava o casal, estaria recebendo dinheiro de Adriana Villela para ficar calado.
Depois de Maurício, foi a vez de Marcelo Leite, também promotor. Segundo ele, Francisco Mairlon e Paulo Cardoso Santana, parente de Leonardo, eram unha e carne. Ele ainda disse que Leonardo levou os dois para a cena do crime.
Saiba Mais
Depois de cair da cadeira e ser levantado por um policial, Pedro Calmon, assistente da acusação falou rapidamente sobre os atritos de Adriana Villela com os pais. Ao fazer uma comparação do Caso Villela com outros crimes bárbaros, Calmon confundiu o nome de Suzanne Von Richtofen (presa pela morte dos pais) e Suzana Werner, modelo.
Cada advogado teve cerca de uma hora e meia para fazer a defesa de seus clientes. Eles insistiram na tese de que há mais pessoas envolvidas no crime e afirmaram que houve falha na atuação da polícia.