Cerca de 300 ônibus pararam no fim da tarde desde segunda-feira (16/12), em protesto. O movimento do Sindicato dos Rodoviários de Brasília repudia a decisão da Ordem dos Advogados de Brasília (OAB) e do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) de não aceitar que o GDF pague as rescisões dos trabalhadores demitidos em decorrência da renovação da frota do transporte público.
Duas faixas do Eixo Monumental ficaram bloqueadas. Promotores chamaram o presidente do sindicato dos rodoviários, João Osório, para uma conversa. Os rodoviários já descartaram a possibilidade de paralisação nesta terça-feira (17/12), data em que Conselho Especial do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT) deve julgar a constitucionalidade da proposta à qual se opõem MP e OAB.
Os rodoviários se reúnem novamente às 13 horas desta terça-feira em frente ao TJ, onde ocorre o julgamento.
De acordo com Osório, o movimento não concorda com a decisão da OAB e do MPDFT, que "quer invalidar o caminho construído para assegurar a transição construída pelo Ministério Público do Trabalho, envolvendo várias empresas e sindicatos", disse. Ainda segundo Osório, o acordo assinado já havia virado lei, mas tanto a OAB, quanto o MP alegam inconstitucionalidade.
[SAIBAMAIS]Os ônibus saíram de dois pontos da cidade: primeiro da garagem da TCB, próximo ao Autódromo de Brasília e o segundo do terminal da L4 Norte. Uma parte dos ônibus seguiu até a sede da OAB, na 516 Norte, a outra até o MPDFT, na via S1 do Eixo Monumental. Inicialmente, o sindicato informou que 400 ônibus participariam do protesto.
Cerca de 11 mil trabalhadores serão prejudicados caso a rescisão não seja paga, segundo o sindicato. No último 26 de novembro, os rodoviários fizeram uma paralização em apelo à decisão do GDF em manter contrato com apenas duas das atuais 13 empresas de transporte do DF.
Assista à reportagem da TV Brasília
[VIDEO1]