postado em 26/12/2013 06:55
Traficantes interestaduais estudam constantemente as melhores formas de espalhar drogas pelo Distrito Federal. O poder aquisitivo da população faz com que a capital federal seja considerada um dos polos consumidores de mais alta rentabilidade para os criminosos. Mas inserir a mercadoria nas regiões do Planalto Central se tornou uma tarefa arriscada. O cenário de devastação no país em razão do crack e a pressão social pelo combate às drogas têm exigido mais esforço das autoridades no enfrentamento do problema. O trabalho de repressão está cada vez mais intenso e as rotas são constantemente monitoradas por policiais civis, rodoviários e federais.
Juntas, as forças de segurança retiraram de circulação centenas de carregamentos de maconha, cocaína e de pasta base utilizada para fabricação do crack. Durante as operações, a maioria dos suspeitos estava com o entorpecente escondido em compartimentos falsos feitos exclusivamente para armazenar o produto ilícito. Tudo feito com planejamento e logística avançados. Em julho deste ano, a Polícia Federal encontrou duas toneladas de maconha no fundo falso instalado em uma carreta. A lataria original não demonstrava alteração aparente. Foi preciso um cão farejador para que os agentes descobrissem onde a droga estava escondida. Um alicate hidráulico cortou o assoalho do caminhão e só então os pacotes do entorpecente puderam ser identificados.
A Polícia Civil do DF apreendeu outros 2,5 mil quilos de maconha de janeiro a 20 dezembro deste ano. A quantidade é superior ao recolhido em 2012, quando 2,3 mil quilos foram impedidos de ser distribuídos. A dificuldade de guardar os pacotes da droga em razão do volume faz com que o transporte desse entorpecente seja mais perigoso que dos demais. É o que acredita o diretor adjunto da Coordenação de Repressão às Drogas (Cord), Leonardo de Castro Cardoso. ;Para ter lucro com a maconha, o traficante precisa enviar mais volume e isso é mais arriscado;, explicou. Normalmente, a mercadoria vem de Ponta Porã (MS) e de Foz do Iguaçu (PR).
A matéria completa está , para assinantes. Para assinar,