Jornal Correio Braziliense

Cidades

Desde a posse de Agnelo, quase 70% dos secretários deixaram os cargos

Exonerações e nomeações atendem a arranjos com partidos da base e à disputa política

Entre as secretarias consideradas estratégicas, somente a de Saúde tem o mesmo titular. O médico Rafael Barbosa, braço direito do governador, está no posto desde a posse de Agnelo Queiroz. Enfrentou crises na área, como todos os antecessores, mas foi mantido no cargo até agora. Só deve se afastar do primeiro escalão para se candidatar a uma vaga de deputado federal. A longevidade na Secretaria de Saúde deu visibilidade ao aliado de Agnelo, que no ano passado se filiou ao PT e vai concorrer em outubro.

Outra área importante que manteve o mesmo gestor pelos últimos três anos foi a Secretaria de Transportes. Indicado pelo vice-governador Tadeu Filippelli (PMDB), José Walter Vazquez liderou o processo de licitação para renovação da frota e do sistema de ônibus da capital federal. A concorrência pública foi alvo de quase 200 ações e de denúncias de empresários e parlamentares de oposição. Apesar do desgaste, o governo conseguiu dar prosseguimento à licitação e Walter seguiu firme no cargo. Deve ser um casos raros de permanência no posto pelos quatro anos do mandato de Agnelo.