postado em 03/01/2014 06:02
O acidente com um ônibus que ia para Planaltina de Goiás, no primeiro dia de 2014, próximo à Ponte do Bragueto, mostra a fragilidade do sistema de transporte público do Entorno. O coletivo que tombou deixando 20 feridos estava com pneus carecas. Diariamente, 1.150 veículos cadastrados na Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) transportam cerca de 300 mil passageiros dos municípios próximos para o DF. Eles enfrentam viagens de 45 minutos a 2 horas por trajeto em carros em péssimas condições. Convivem com o medo de acidentes e com a incerteza se chegarão ao destino no horário certo. Embora seja possível ver alguns ônibus novos, a maioria tem pneus gastos, assentos e portas quebradas, são muito sujos e pouco seguros.
Segundo passageiros ouvidos pela reportagem do Correio, os coletivos raramente conseguem chegar ao destino a que se propõem porque quebram no meio do caminho. Os itinerários também não são respeitados. A espera nos pontos de ônibus chega até duas horas. Para compensar os atrasos, os motoristas ultrapassam, e muito, a velocidade da via. Em todos os ônibus que a reportagem entrou ontem, foi possível perceber que o estipulado para a pista foi ultrapassado (leia Depoimento). Na estrada para Águas Lindas (GO), o coletivo alcançou alta velocidade.
Na Rodoviária do Plano Piloto, é possível perceber, em poucos minutos, a situação dos coletivos. Cada passageiro elege a pior. A Monte Alto, empresa responsável pelo veículo que derrapou no fim da Asa Norte na manhã de quarta-feira deixando 20 feridos, coleciona ônibus velhos e sem manutenção. Em um dos visitados pela reportagem ontem, os assentos estavam soltos e faltavam botões para abertura de portas e demais comandos.
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