Cidades

Funcionários do hotel em Caldas Novas prestam depoimento nesta semana

A criança ficou com o braço preso no ralo da piscina do resort, ele foi levado ao hospital, mas não resistiu

postado em 07/01/2014 12:32
Kauã Davi de Jesus Santos, 7 anosA investigação sobre a morte de Kauã Davi de Jesus Santos, 7 anos, continua. Pelo menos oito funcionários do hotel onde a criança estava hospedada serão ouvidos pela polícia ainda esta semana.

Segundo Tereza Daniela Nunes, titular da Delegacia da Mulher, Infância e Juventude de Caldas Novas- GO, o inquérito foi instaurado na segunda-feira (6/1). A família da vítima também deve comparecer à unidade policial para prestar esclarecimentos sobre o incidente. "Novas pessoas podem ser intimadas de acordo com o depoimento das testemunhas", esclaresceu Tereza.

O Condomínio Privé das Thermas informou ao Correio que as piscinas ficaram fechadas por três dias para a realização da perícia e manutenção dos ralos, que já foram substituídos. O resort acrescentou que, a partir de hoje, conta com o auxílio de dois salva-vidas, um no perído matutino e outro no vespertino.

Entenda o caso

Kauã passava o recesso de fim de ano com os pais, a avó materna e os dois irmãos, um de 18 e outro de 3 anos e meio, no hotel. Ele teve o braço puxado para o fundo de uma das piscinas do resort e ficou submerso por cerca de 10 minutos. Segundo o boletim médico divulgado pelo Hospital Santa Helena, após dois dias de internação, ocorreu uma piora significativa do estado clínico da criança, os médicos tentaram reanimá-la várias vezes, mas houve falência múltipla de órgãos.

O tio do menino, Kelvis de Jesus Costa, 40 anos, conta que os familiares alugaram um apartamento no condomínio somente para as férias e voltariam para Brasília no dia seguinte ao acidente. Ele garante que os parentes não foram negligentes. ;Falaram que ele estava só, mas não estava. A avó ficou ao lado o tempo todo. Ele é franzino, mas sabe nadar, e a piscina não o cobria. Pessoas hospedadas no residencial avisaram que um dos ralos estava sem proteção, mas não isolaram, nem fizeram nada;, denuncia.

Ralo da piscina onde a criança prendeu o braçoOcorrências
O Corpo de Bombeiros do DF registrou 58 ocorrências de afogamento de janeiro a novembro de 2013. Fevereiro teve o maior número de casos, com nove vítimas. Segundo a Sociedade Brasileira de Salvamento Aquático (Sobrasa), 6,5 mil pessoas morrem afogadas todo ano no Brasil. Durante o verão, uma criança perde a vida a cada dois dias.

Com informações da Amanda Maia

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