Reginaldo Pereira do Nascimento, 53 anos, viu parte de sua história ser contada no Correio. O catador de material reciclável estampou a capa do caderno especial Leio e Escrevo Meu Futuro em 2009. Vaidoso por ter voltado à escola, ele apareceu ao lado do filho, Daniel Silva de Souza, então com 14 anos, vencedor do concurso de redação do suplemento.
Dois anos depois, Reginaldo ganharia as páginas do jornal em uma notícia que chocou o DF. A filha, Beatriz Silva do Nascimento, 9 anos, foi brutalmente assassinada na noite do Natal. Agora, com o diploma de conclusão do ensino médio e a mente superada do trauma, ele quer retomar os estudos. Se depender do esforço do catador, o sonho de cursar direito está cada vez mais próximo.
Leia mais notícias em Cidades
Natural de Ceres, em Goiás, Reginaldo chegou a Brasília em 1962, com 2 anos, acompanhado dos pais e dos nove irmãos. A família, de origem humilde, morou em Taguatinga por 21 anos. Aos 12 anos, ele abandonou a escola. ;Eu tive de escolher entre estudar e trabalhar. Ia para a feira com o meu pai, fui empregado doméstico e até babá. O que eu aprendi com o meu pai é ser honesto e trabalhador. Passei fome e frio, mas nunca fui bandido;, afirma.
Para sustentar os cinco filhos, frutos de diferentes relacionamentos, ele trabalhou como auxiliar de serviços gerais no Supremo Tribunal Federal (STF). Em 2007, tomou a decisão que mudaria a vida dele. Retomou os estudos no Centro de Ensino Fundamental 2 do Riacho Fundo. Optou por entrar no 4; ano, mas, depois da primeira prova, avançou para o 5;. Era a primeira de diversas tentativas de voltar à sala de aula que dera certo.
A matéria completa está disponível aqui, para assinantes. Para assinar, clique aqui.