O perfil violento de um dos suspeitos de João Carlos Franco de Souza, 66 anos, na 112 Sul surpreendeu a polícia. Trata-se de um adolescente de 16 anos com passagens por receptação e diversos roubos. Quatro dias após matar o militar, o jovem teria praticado mais dois assaltos, sendo um deles com restrição de liberdade no Gama. Na ocasião, a vítima foi colocada no porta-malas e abandonada em Taguatinga. Mesmo sem reagir, ao descer do veículo, o garoto disparou contra ela, mas por sorte, não acertou.
Além desse acusado, a polícia prendeu na manhã de quinta-feira (9/1) o soldado da Aeronáutica Gessé de Souza Resende, 21 anos, e Felipe Gonçalves da Silva Souza, 19. A dupla é investigada pelo envolvimento no latrocínio (roubo com morte) ocorrido às 22h26 da última sexta-feira. Gessé é apontado pelos investigadores da 1; Delegacia de Polícia (Asa Sul) como idealizador do assalto e motorista que deu fuga a Felipe e ao adolescente após o crime em um Gol vermelho. Outros dois integrantes da quadrilha especializada em roubos de carros haviam sido detidos na tarde da última quarta-feira.
[SAIBAMAIS]As imagens das câmeras de segurança da 112 Sul e as de um posto de gasolina das proximidades mostram o Gol seguindo o carro de João Carlos desde a 411 Sul, distante 1,5km do prédio do brigadeiro, o Bloco J. A vítima não teria percebido a aproximação dos bandidos e, ao acionar o portão da garagem, acabou surpreendida por dois deles (leia arte). Enquanto isso, Gessé manobrava o carro para colocá-lo em posição de fuga. Outro comparsa não desceu do veículo e ficou no banco do passageiro. É o único ainda não localizado.
Em depoimento à Delegacia da Criança e do Adolescente (DCA), o jovem de 16 anos disse ter atirado após ordenar que a vítima abrisse a porta, mas ela não obedeceu. Após um breve movimento do i30, decidiu atirar. A suspeita é de que o brigadeiro não tenha reagido, mas se assustado com a abordagem. Ao tirar o pé do freio, o veículo, por ser automático, seguiu sem precisar acionar a marcha. A delegada substituta da DCA, Viviane Bonato, confirmou a frieza do acusado. ;Ele contou tudo com muita tranquilidade. É muito violento e perigoso, pelo que a gente verificou nos antecedentes. Ele atira e não demonstra arrependimento nenhum;, afirmou.
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